UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: Brandura e lentidão

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Brandura e lentidão

Ok, eu sei que este blog deveria mudar de nome e se chamar "Crônicas enferrujadas de Juvenal"; ou então: "Crônicas das teias de aranha que cresceram por mero abandono". Mas muito pior do que ficar tempos sem escrever no próprio blog é não escrever em blog nenhum, o que, aliás, não tem sido o caso.

Apesar de ocupada com blogs que não são do Juvenal, nunca deixei de sofrer com a falta que tem me feito passar por aqui para contar as lorotas de sempre. Mas esta vida anda tão corrida e minha conexão à Internet, tão pífia, que desanimo antes mesmo de começar. Shame on me! O exemplo tem de ser dado dentro de casa. Sei bem disso...

Para expurgar uma parte da minha culpa, vou deixar de lamentar a inexorável marcha do tempo e partir para a celebração das contra-tendências,  que é uma forma educativa de me autodisciplinar e evitar a vitimização. Sim, leitor amigo, você mesmo que resolveu passar por aqui, apesar dos pesares: nem tudo neste mundo é marcha corrida adiante. Ainda há quem avance em brandura e lentidão.

Para celebrar a contra-tendência acima citada, nada melhor do que a notícia publicada hoje no jornal O Globo online: graças a mutações genéticas ocorridas nos últimos vinte anos, "o vírus HIV está se tornando cada vez mais brando e demorando para causar a doença conhecida como Aids" (http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/virus-hiv-esta-cada-vez-mais-brando-lento-para-causar-aids-14714562).

A contra-tendência, que foi identificada em estudo de pesquisadores da Universidade de Oxford e publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. A brandura e lentidão do vírus da AIDS é atribuída à ação do sistema imunológico eficiente de uma vítima infectada. Esta ação estaria limitando em parte a capacidade do vírus replicar, fazendo "com que o vírus fique menos infeccioso, e demorando cada vez mais para causar Aids". É válido ressaltar que "drogas produzidas para retardar ou administrar o início da doença também tiveram papel fundamental na mutação."

Então, para encerrar este breve comentário sobre a falsa desculpa de que o tempo está passando rápido demais e de que não me sobra mais tempo para escrever, lanço aqui o meu clamor aos quatro ventos: uma droga produzida para retardar ou administrar as desculpas esfarrapadas, com capacidade de redução de sua replicação, em todo tempo e local, sem exceções, mas, sobretudo, no âmbito deste blog.

Que assim seja! 

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