UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: Náufragos

terça-feira, 8 de julho de 2014

Náufragos

Lamentável saber que o drama vivido em campo nesta na tarde de hoje se alastrou pela noite adentro.

Além de terem visto o Brasil perder vergonhosamente em campo hoje, os habitantes das Gerais souberam entrar no ritmo e despachar um exemplo de incivilidade para o resto do país: o dia termina com 13 ocorrências policiais dentro do Mineirão e 13 apreensões pela PM (http://www.hojeemdia.com.br/minas/dia-de-jogo-decisivo-no-mineir-o-termina-com-13-presos-em-bh-1.253337).

Sim, entramos para a história. Sim, cravamos um recorde. Infelizmente, não é nada do que possamos nos orgulhar. E é por esses dois motivos que, ao término deste dia histórico, não deixarei de registrar algumas breves impressões aqui:

1) Nada é ruim o suficiente que não possa piorar. Por isso mesmo, devemos estar atentos à vida e aos revezes da vida. Cruzar os braços diante da adversidade é colaborar com o próprio fracasso.

2) É na adversidade que somos realmente testados. Mas, mesmo assim, quando tudo parece ruir, existe uma única coisa que deve permanecer de pé, intacta: essa coisa se chama dignidade.

3) A dignidade, essa palavra poucas vezes lembrada ao longo do dia, está diretamente relacionada com outras duas: o instinto de preservação e a certeza de estar oferecendo o melhor de si. Só quem não perde a dignidade diante das adversidades é capaz de se preservar do pior e reagir. E só quem dá o melhor de si, em qualquer situação, consegue manter-se digno.

Diante dessas três ponderações, fica aqui a minha conclusão: a pior coisa que se pode perder nesta vida é a dignidade. E como eu já disse hoje para um primo que celebrava a derrota do Brasil: com ou sem vitória, amanhã eu continuo acordando no mesmo horário de sempre.

 Abraços de fé e boa noite para quem fica. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário