UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: maio 2015

sábado, 23 de maio de 2015

O desabrochar das malas

Acabaram de desabrochar as primeiras violetas do ano. Por coincidência ou não, amanhã eu volto a colocar o pé na estrada para viajar da forma que tanto gosto: mochila, roteiro semi-estruturado, espaço para o imponderável.

Talvez não haja coincidências, mas um simples desabrochar conjunto de coisas boas. Na mala, já foram acomodadas a câmera nova, um guia de viagens para o país de destino, meu computador, algumas responsabilidades, material de pintura e desenho, além de dois pacotes de muda de roupa (no primeiro, roupas de trabalho para os primeiros dias de congresso; no segundo, roupas de veraneio para a segunda etapa da viagem).

Fazendo as malas, me ocorreu lembrar de um sonho curioso que tive em janeiro deste ano, quando viajava por outros mares que nunca havia navegado antes. Nesse sonho, minhas violetas tinham sido podadas e, no lugar dos caules finos, nasceram caules grossos como os de cactus. E dos novos caules grossos, brotou uma floresta de violetas desse mesmo tom.

Quando cheguei dessa longa viagem, encontrei minhas violetas em bom estado, mas sem flores. Não foi por falta de zelo, certamente, pois elas tinham sido bem cuidadas na minha ausência. Mas há algo misteriosamente instintivo nas violetas, que parecem pressentir as mudanças que estavam por vir. As violetas se recolheram, a mochila foi para o armário.

Agora, em mútuo entendimento, violetas e malas acenam, juntas, de mãos dadas, enviando sorrisos para mim. E elas parecem concordar com o auspicioso decreto: é hora de voltar para a estrada; é hora de voltar a ser quem eu sou. 


sexta-feira, 22 de maio de 2015

Elizabeth e Napoleão

Parece surto psicótico - e pode até ser! - mas as consequências políticas disso são incalculáveis.

Em discurso raivoso feito na sede do Ministério do Interior hoje, o premier britânico David Cameron diz querer "tornar o Reino Unido 'um país menos atraente para as pessoas que chegarem para trabalhar ilegalmente'." (http://oglobo.globo.com/mundo/imigracao-bate-recorde-no-reino-unido-cameron-propoe-confiscar-salarios-de-imigrantes-16221122).

Para realizar seu intento, Cameron anunciou hoje um projeto de lei contendo medidas enérgicas para conter o aumento de imigrantes legais, projeto este que será anunciado na semana que vem, em um discurso que será lido pela rainha Elizabeth.

Para variar, o "problema" da imigração não é apenas o imigrante em si, mas a origem dele: "Com 641 mil pessoas chegando ao país em 2014 (contra 323 mil saindo), o último número trimestral de não-europeus chegando (42 mil) se aproximou do de europeus (67 mil)", relata notícia publicada hoje no jornal O Globo online. Conclusão: além do crescimento do número de imigrantes em termos absolutos, a aproximação recente entre o número de "europeus" e de "não-europeus" fez o caldo entornar ainda mais.

Algumas dessas medidas, contudo, contém um quê de inovação:"Uma das propostas é confiscar salários de imigrantes que chegaram por vias consideradas ilegais ou estendem sua vinda ilegalmente". Ou seja, juridicamente falando, o projeto de lei do premier britânico vai, entre outras mazelas, terminar por legalizar o trabalho escravo: afinal, quem trabalha de graça é ou não é escravo?

Medidas dessa natureza mereciam, no mínimo, terem sido polemizadas pelo nosso noticiário local, o que não foi o caso. Esqueceram de dizer, por exemplo, que o trabalho ilegal é altamente rentável para o sistema capitalista de mercado. Confiscar o salário de imigrantes ilegais é somente uma forma descarada de aumentar o lucro em cima deles, duplicando os ganhos com a exploração de mão-de-obra barata que, além de trabalhar em situação de vulnerabilidade e insalubridade, podem ser ainda expropriados do pagamento pelo próprio trabalho.

Depois dessa, não ficarei admirada se vir a rainha Elizabeth discursando com o chapeuzinho de Napoleão Bonaparte, outro monarca surtado que conseguiu restabelecer a escravidão no seu país, mesmo depois de abolida. Nesse contexto de caos humanitário,  o dito projeto de lei terá tido ao menos o mérito de ter aproximado monarcas europeus de países com longo passado de rivalidade.

Já quanto aos não-europeus...

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Jornalismo de ciência: pequeno manual de erros básicos

Pois é, garotada. Quem de nós, ligados de uma forma ou de outra ao universo da pesquisa científica, não reclama constantemente da pouca visibilidade dada a questões  científicas que afetam potencialmente a vida de milhares (quiça milhões) de pessoas?

No entanto, a falta de visibilidade de determinadas questões que envolvem conhecimento científico é só uma parte do problema. A outra parte diz respeito a aquilo que é dito constantemente nos jornais sobre a ciência. Ao ler uma notícia intitulada "Cientistas finalmente descobrem por que homens existem", publicada hoje no jornal O Globo online, acabei me deparando com um rosário de lugares-comuns nas matérias de ciência que deveriam ser cuidadosamente evitados (http://ela.oglobo.globo.com/vida/cientistas-finalmente-descobrem-por-que-homens-existem-16193597).

A primeira delas é a construção do texto em torno do pressuposto de que uma publicação em periódico com revisão de pares significa consenso científico. A notícia supracitada não faz rodeios e tasca a pérola logo nas primeiras maltraçadas linhas: "Por décadas, cientistas se viram em torno de uma questão que também já passou pela cabeça de muitas mulheres: para que, afinal, servem os homens? Somente agora, graças a um estudo publicado na revista científica Nature, foi encontrada uma justificativa satisfatória para a existência do sexo masculino".

Bola fora! O máximo que um artigo científico faz é explicitar uma tomada de posição dentro de um campo de conhecimentos instável, aberto a críticas, revisões e embates. Com isso, a ideia apregoada é que a tal "comunidade científica" é uma entidade sobrenatural, onisciente e onipresente, que tudo sabe e tudo vê e, portanto, não tem dúvida de nada.

O outro erro comum é a generalização de achados de pesquisa de um contexto para outro, sem as devidas precauções metodológicas. Nessa matéria, por exemplo, o estudo tomado como ponto de partida para provar que "por que homens existem" (como sugere o próprio título da notícia) é, na verdade, um estudo sobre o comportamento sexual "de uma colônia de besouros ao longo de 10 anos, dentro de condições controladas no laboratório."

Bem, até onde eu sei, "macho" e "homem" não são sinônimos (apesar de alguns indivíduos da nossa espécie insistirem na equivalência). Mas não precisa ir muito longe para entender a razão para o uso de generalizações dessa natureza. O que se quer é fazer o leitor passar da leitura do título para a leitura do conteúdo. Só que a tática comporta lá os seus riscos: pode funcionar em um primeiro momento, mas frustra um leitor mais criterioso em um segundo momento.

Por fim, temos a velha tendência de centrar a cobertura da ciência em torno da comunicação de resultados, normalmente entendida como a publicação de artigo em um periódico internacional, sem dar à conhecer a riqueza dos processos que levaram à consolidação do conhecimento em um peça de literatura científica que convencionamos chamar de "artigo". Mas este papo, infelizmente, é longo e vai ter que ficar para outro dia. Falar dos processos que ocorrem nos bastidores é sempre mais complexo do que falar da ponta do iceberg.

Diante disso, concluo esse breve manual de desastres com uma pergunta que não deixa de ser uma provocação: interessa aos pesquisadores mostrar os bastidores das suas pesquisas? Até que ponto? Essas são questões sobre as quais adoraria ver a tal "comunidade científica" se debruçar.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Sorte cavada

Mesmo para quem não curte futebol, os gritos histéricos com os jogos da Copa Libertadores da América esta noite servem ao menos para nos lembrar de uma coisa: que o mundo é uma bola redonda, onde cada um cava a própria sorte.

Se bem que algumas pessoas cavam mais do que outras. Este é o caso de Dolma Tamang, uma nepalesa de 28 anos que conquistou a sua própria sobrevivência - e a de seu filho - ao "cavar sua saída dos escombros após um terremoto de 7,8 graus atingir o Nepal no último dia 25" (http://oglobo.globo.com/mundo/gravida-soterrada-durante-terremoto-no-nepal-da-luz-menino-saudavel-16147430). Com um detalhe suplementar: Dolma estava em final de gestão e conseguiu dar à luz um menino saudável nesta 3ª feira, de acordo com a Cruz Vermelha.

Outras pessoas, por sua vez, cavam a própria sorte em lugares nunca dantes imaginados. Este é caso do empresário russo Vladimir Gritsenko, diretor-executivo da empresa Tittygram. Fundada em março deste ano, a empresa aluga seios de mulheres para mensagens publicitárias. O negócio funciona da seguinte forma: "O cliente escreve no site a mensagem que deseja ver reproduzida no colo de uma mulher. Ele então paga US$ 10 (cerca de R$ 30) e, em uma hora, recebe em seu e-mail uma foto onde se lê o texto escrito com tinta de caneta" (http://classificados.folha.uol.com.br/negocios/2015/05/1625703-empresa-russa-aluga-peitos-de-mulheres-para-escrever-mensagens-veja.shtml).

Por fim, há aquelas que cavam bem raso. Esta é a opção das mulheres que alugam seus seios à empresa de Gritsenko. De acordo com a apuração do jornal The Independent, citado na notícia publicada hoje no jornal Folha de S. Paulo, "a empresa não tem funcionárias que se ocupam de modelar com as mensagens nos seios, mas mulheres comuns que aceitam tirar as fotos para receber uma pequena remuneração - no caso, cerca de 30% do que o cliente desembolsou".

Em suma: são "mulheres comuns" que não só aceitam o ofício, como também abrem mão de 70%  da renda por elas geradas (até agora, foram 2 mil fotos vendidas desde a abertura do negócio). Quando muito, essas mulheres cavam o próprio decote - e olhe lá! - porque, com o andar da carruagem, a aposentadoria elas não irão cavar tão cedo.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Preciosa

Qual o preço da Justiça?

Não me refiro aqui ao preço que alguém estaria disposto a pagar para corrompê-la, mas ao preço que esta mesma pessoa estaria disposta a pagar para vê-la funcionar.

A resposta é difícil, eu sei. Mas saiba que ainda tem gente disposta neste mundo a pagar caro por ela.

Notícia publicada hoje no jornal Folha de S. Paulo relata a história do motociclista Luiz Artur Cané, acidentado em 2008, em decorrência do uso inadequado de uma tinta preta escorregadia. Esta tinta é geralmente "improvisada por órgãos de trânsito quando há mudança na sinalização no asfalto: em vez de remover a pintura anterior, alguns recorrem a ela para camuflá-la" (http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/05/1627325-concessionaria-e-condenada-por-usar-tinta-escorregadia-em-rodovia.shtml).

Ainda segundo a notícia, Cané obteve ganho de causa contra a Autopista Fernão Dias, concessionária da rodovia de mesmo nome, onde trafegava no dia do acidente. "O Tribunal de Justiça negou neste ano os recursos à decisão de primeira instância e confirmou a obrigação da empresa em pagar uma indenização de R$ 14 mil (em valor atualizado) ao motociclista –referente a danos ao veículo e gastos com guincho".

O próprio manual do DER-SP veta o uso da tinta nas estradas: "A sinalização horizontal a ser apagada, provisória ou definitiva, não deve, em qualquer circunstância, ser coberta com tinta preta." Mesmo assim, o gasto da própria vítima para criar um precedente jurídico - "cerca de R$ 30 mil na ação, incluindo pagamento de peritos", de acordo com a notícia - superou em muito o valor da indenização obtida no final. 

A obstinação de Cané em tentar eliminar de vez a tinta das ruas e das estradas acabou, contudo, gerando outros dividendos. Cané fundou, juntamente "com outros usuários que se acidentaram na mesma rodovia, o Movimento Brasileiro de Motociclistas, para reivindicar mais segurança".

Felizmente, junto com o prejuízo financeiro sofrido, ficou o exemplo. No próximo litígio, o jogo há de ser menos desigual:  não será uma única pessoa contra uma entidade com fins lucrativos, mas uma coletividade organizada contra um réu confesso. 

sábado, 9 de maio de 2015

Utopia limpa

Se tinha uma palavra que andava meio fora de moda era a tal da utopia. Muito provavelmente, isso se deve ao fato de ela ser o polo oposto do pragmatismo político dominante no País das Mil e Uma Plásticas (também conhecido como Brasil). 

Pois bem. Quando digo que ela "andava" é porque existem pessoas como o sul-africano Elon Reeve Musk que parecem dispostas a resgatar o termo do limbo e aplicá-lo às projeções de um futuro próximo. Musk é responsável pelo lançamento das chamadas Powerwalls no mercado norte-americano, que são baterias capazes de "aprisionar a energia limpa e ininterrupta do Sol numa caixa discreta e elegante" de apenas 130cm (http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2015/05/1626248-nova-bateria-promete-criar-casas-autonomas.shtml).

Fabricadas pela Tesla, as baterias de Musk são capazes não apenas de captar e armazenar uma quantidade excelente de eletricidade a partir da luz solar, como também de reinjetar o excedente de energia gerado no sistema elétrico geral. "Ao caprichar no preço e no desenho, porém, Musk pretende uma reviravolta tecnológica: a era da geração distribuída baseada em energia solar. De simples consumidores de eletricidade, todos viram também produtores", explica a notícia publicada hoje no jornal Folha de S. Paulo.  

A versão de mundo utópica de Musk prevê que as "Powerwalls se espalharão pelo mundo conectadas com painéis fotovoltaicos, que convertem a luz solar em eletricidade". E ele não para por aí. O inventor da bateria acredita que  "2 bilhões de Powerpacks poderiam fornecer toda a energia hoje utilizada no mundo, o que cortaria emissões de CO2 e desaceleraria a mudança do clima".

Mesmo reconhecendo que 2 bilhões "é muita bateria" ou o equivalente ao número "aproximado de veículos automotores rodando no planeta", Musk acredita que "está no alcance da humanidade fazer isso". Faltou apenas ele explicar, contudo, qual o tempo de vida útil dessas baterias e que impacto ambiental resultaria de seu descarte, uma vez terminada a vida útil do produto. Afinal de contas, toda utopia que se preze tem lá o seu custo operacional...

Enfim, enquanto essas perguntas não são respondidas, fico por aqui me perguntando sobre o que é pior: viver em um mundo cínico e totalmente desprovido de utopia ou acreditar que ela possa ser restaurada pelas mais belas estratégias de mercado.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Amigo de fé

"Para você, meu amigo de fé, meu irmão camarada: devo, não nego. Pago quando puder".

Deve ter sido essa a desculpa dada por Val Marchiori, socialite por profissão, para convencer o Banco do Brasil a autorizar uma transação financeira um tanto quanto inusitada: o uso de sobras de um empréstimo, concedido para a compra de caminhões, na aquisição de um Porsche Cayenne S 2014, avaliado em nada mais nada menos que R$ 400 mil (http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/05/1625242-bb-financiou-porsche-para-socialite-amiga-de-bendine.shtml).
 
Em 2013, a nobre dama havia solicitado ao Banco do Brasil um empréstimo da ordem de R$ 3 milhões de reais para a compra de cinco caminhões: "Segundo documentos obtidos pela Folha, meses depois, Marchiori pediu para ampliar e usar o valor restante do limite de crédito, em torno de R$ 200 mil, para comprar um carro de passeio." 

Mas o leitor há de perguntar: por que cargas d'água o Banco do Brasil haveria de financiar um carro sport desse valor para fins estritamente pessoais? Fácil explicar tamanha liberalidade: a nobre dama era amiga pessoal de Aldemir Bendine,  presidente do Banco do Brasil à época do empréstimo.

Além do Porsche branco, viagens pessoais de Marchiori também podem ter sido financiadas com dinheiro público, sob os auspícios do amigo de fé Bendine. Ainda segundo a notícia publicada hoje na Folha, "a socialite hospedou-se no mesmo hotel em que ele duas vezes, durante missões oficiais do BB. Uma na Argentina, e outra no Copacabana Palace, no Rio, ambas em abril de 2010".

Uma amizade tão linda assim não poderia passar despercebida do Ministério Público Federal de São Paulo, que resolveu meter a colher e solicitar a abertura de um inquérito à Polícia Federal. É que quando a amizade é muita, o Ministério desconfia.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Extinções em futuro próximo

Notícia publicada hoje no jornal Folha de S. Paulo online alerta para o trágico destino que ronda os chamados herbívoros de grande porte, isto é, elefantes, hipopótamos e rinocerontes: "60% dos animais herbívoros que pesam acima de 100 kg podem entrar em extinção nos próximos anos (o que equivale a 44 das 74 espécies mais representativas desses animais)." (http://f5.folha.uol.com.br/bichos/2015/05/1624364-elefantes-hipopotamos-e-rinocerontes-sofrem-perigo-de-extincao-diz-estudo.shtml).

Apesar de o cenário delineado para os referidos animais não ser dos melhores, muito mais pessimista me pareceu ser o cenário da cobertura de ciência hoje, principalmente no que se refere aos esforços empregados na apuração da notícia.

Note-se, por exemplo, que a notícia conseguiu falar de um estudo publicado na revista Science Advances, sem sequer mencionar o nome do autor principal ou de ao menos uma das instituições envolvidas. Portanto, se sua curiosidade for muita, é bom correr logo para o artigo original - isto, obviamente, se seu conhecimento de inglês permitir e o jargão técnico não intimidar seu interesse no assunto: http://advances.sciencemag.org/content/1/4/e1400103.

Ao procurar pelos nomes dos autores do artigo, descubro (não sem surpresa) que temos um pesquisador brasileiro, Mauro Galetti, da UNESP de Rio Claro, entre a seleta equipe de 16 pesquisadores responsáveis pelo artigo.

Superada a irritação inicial, deixo aqui esta breve reflexão: a Folha perdeu uma bela oportunidade de obter um testemunho de um dos autores do estudo. Não seria, portanto, totalmente absurdo inferir que o autor da notícia não tenha sequer passado os olhos no artigo publicado na Science Advances. Mas a lacuna, a meu ver, não para por aí: apesar o cabeçalho da notícia dar a entender que ela foi redigida da redação, em São Paulo, é bem provável que ela tenha sido chupada de um press release de agência internacional, economizando esforços de apuração para um tema mais nobre - quiçá, o destino das paletas mexicanas (http://cronicasdejuvenal.blogspot.com.br/2015/03/paleta-cientifica.html).


Se depender da boa vontade de quem cobre ciência nos jornais diários (e não me refiro apenas ao repórter que tem que dar conta deste e de uma série de outros temas), a apuração da notícia seguirá o mesmo rumo dos herbívoros de grande porte: extinção em futuro próximo.