UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: Sorte cavada

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Sorte cavada

Mesmo para quem não curte futebol, os gritos histéricos com os jogos da Copa Libertadores da América esta noite servem ao menos para nos lembrar de uma coisa: que o mundo é uma bola redonda, onde cada um cava a própria sorte.

Se bem que algumas pessoas cavam mais do que outras. Este é o caso de Dolma Tamang, uma nepalesa de 28 anos que conquistou a sua própria sobrevivência - e a de seu filho - ao "cavar sua saída dos escombros após um terremoto de 7,8 graus atingir o Nepal no último dia 25" (http://oglobo.globo.com/mundo/gravida-soterrada-durante-terremoto-no-nepal-da-luz-menino-saudavel-16147430). Com um detalhe suplementar: Dolma estava em final de gestão e conseguiu dar à luz um menino saudável nesta 3ª feira, de acordo com a Cruz Vermelha.

Outras pessoas, por sua vez, cavam a própria sorte em lugares nunca dantes imaginados. Este é caso do empresário russo Vladimir Gritsenko, diretor-executivo da empresa Tittygram. Fundada em março deste ano, a empresa aluga seios de mulheres para mensagens publicitárias. O negócio funciona da seguinte forma: "O cliente escreve no site a mensagem que deseja ver reproduzida no colo de uma mulher. Ele então paga US$ 10 (cerca de R$ 30) e, em uma hora, recebe em seu e-mail uma foto onde se lê o texto escrito com tinta de caneta" (http://classificados.folha.uol.com.br/negocios/2015/05/1625703-empresa-russa-aluga-peitos-de-mulheres-para-escrever-mensagens-veja.shtml).

Por fim, há aquelas que cavam bem raso. Esta é a opção das mulheres que alugam seus seios à empresa de Gritsenko. De acordo com a apuração do jornal The Independent, citado na notícia publicada hoje no jornal Folha de S. Paulo, "a empresa não tem funcionárias que se ocupam de modelar com as mensagens nos seios, mas mulheres comuns que aceitam tirar as fotos para receber uma pequena remuneração - no caso, cerca de 30% do que o cliente desembolsou".

Em suma: são "mulheres comuns" que não só aceitam o ofício, como também abrem mão de 70%  da renda por elas geradas (até agora, foram 2 mil fotos vendidas desde a abertura do negócio). Quando muito, essas mulheres cavam o próprio decote - e olhe lá! - porque, com o andar da carruagem, a aposentadoria elas não irão cavar tão cedo.

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