Dado como morto, mas devolvido do Além.
Assim parecer ter sido com o Sr. Walter Lúcio de Oliveira Gonçalves, cuja morte havia sido constatada ontem à noite, no Hospital Menandro de Farias, município de Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador (http://www.hojeemdia.com.br/noticias/apos-ser-dado-como-morto-homem-e-achado-vivo-em-necroterio-da-bahia-1.263728). Duas horas depois, contudo, o paciente acabou sendo declarado 'ressuscitado' por vias ainda pouco exploradas pela literatura médica.
De acordo com notícia publicada no jornal Hoje em Dia online, "Gonçalves, portador de câncer, chegou à unidade com dificuldades
respiratórias e, poucas horas depois, sofreu três paradas cardíacas. De
acordo com a unidade, o paciente não respondeu às tentativas de
reanimação, foi declarado morto às 23 horas e levado, dentro de um saco
plástico, para o necrotério." O engano foi descoberto pelo irmão da vítima, no momento em que este fazia o reconhecimento do corpo no necrotério.
Enquanto a sindicância aberta pela não emite laudo conclusivo, vítima e seus familiares recusam a tese de negligência humana para apostar na tese de um milagre: "A família do paciente, que acompanhou o atendimento, defende a equipe
médica do hospital e atribui a 'ressuscitação' de Gonçalves a um milagre
de Irmã Dulce."
Não sei se a irmã Dulce estava preparada para tanta unanimidade, mas, de qualquer forma, a tese de "ressuscitação" parece ter agradado a gregos e troianos. Menos mal! Se eu fosse a Secretaria de Saúde da Bahia, tentava urgente um convênio com a nobre Irmã.
A autora criou esse blog para divagar sobre o que lê diariamente nos jornais, com foco principalmente (mas não exclusivamente) na cobertura diária de ciência. Suas principais armas são a ironia de inspiração machadiana e um computador bacaninha (ela tirou o escorpião do bolso e comprou um de verdade). Ao citar alguma passagem, por favor, dê créditos para a autora: até para as grandes bobagens o direito autoral é inalienável.
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