Depois de tanto tempo sem escrever aqui neste blog, sinto meus dedos enrijecidos e as ideias, frouxas. Escrever é realmente uma danada de uma pulsão que, quando não satisfeita, acaba atrofiando tudo: da inteligência que habita sob o couro cabeludo (ou não) até a pontinha mais sensível dos dedos.
Este post poderia se intitular "A volta dos que não foram", se eu tivesse voltando de algum lugar. Mas não é o caso. Ando tão desprendida dos meus velhos hábitos saudáveis - escrever é um deles, nadar é outro - que nem me reconheço mais. Portanto, não há volta, mas quase um desencontro. Por esta razão, nada de voltas nas voltas que a vida dá.
Por outro lado, é vero que estou de ida para algum lugar. Parto amanhã para fazer um treinamento de uma semana numa ilha. E isso não é piada. Faço até algumas de vez em quando, mas este não é o caso. E estando eu de ida marcada, agora é que não dá mesmo para celebrar a volta de nada.
Ficamos, portanto, com a ida dos que não voltaram, de tão fora de si que têm andado. Não vou nem procurar por mim mesma naquela ilha, porque, horas dessas, devo mesmo é estar vagando em alguma outra dimensão sideral. Quando eu voltar, vou contratar uma banda para me receber.
Findo o prolongado ínterim, resta-me avisar que postagem é tão simplesmente para matar a saudade da escrita. Sim, ela me faz falta. Sem ela, não há volta nas tantas voltas que a vida dá.
Abraços para quem fica. Vou dormir porque já é tarde e amanhã eu começo meu caminho de ida. Até a volta.
A autora criou esse blog para divagar sobre o que lê diariamente nos jornais, com foco principalmente (mas não exclusivamente) na cobertura diária de ciência. Suas principais armas são a ironia de inspiração machadiana e um computador bacaninha (ela tirou o escorpião do bolso e comprou um de verdade). Ao citar alguma passagem, por favor, dê créditos para a autora: até para as grandes bobagens o direito autoral é inalienável.
sábado, 2 de agosto de 2014
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