Esta é para você que vive correndo e não olha por onde anda.
Mal soou a notícia na edição lançada hoje da revista
Nature e, nós, da periferia da cobertura científica mundial, já fizemos alarde nos nossos próprios jornais: o esqueleto mais antigo das Américas acaba de ser datado entre 12 mil e 13 mil anos (
http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/esqueleto-encontrado-em-caverna-submersa-do-mexico-liga-antigos-modernos-nativos-americanos-12496348).
Naia, nome atribuído ao mais completo esqueleto encontrado até o momento, "era uma Paleoamericana, termo utilizado para designar os primeiros povos
que entraram e, posteriormente, habitaram, o continente americano
durante os últimos episódios glaciais do período Pleistoceno tardio", segundo revela uma notícia publicada hoje no jornal
O Globo online.
Preservado o suficiente para permitir uma datação do DNA mitocondrial, "por milhares e milhares de anos o esqueleto dessa adolescente ficou
submerso em um elaborado sistema de cavernas em Hoyo Negro, a 39 metros
de profundidade, na Península Yucatán, no México", até ser descoberta em 2011.
As circunstância da morte de Naia parecerem ter sido elucidadas: "Aparentemente, a menina caiu no que era um poço profundo e seco e morreu". Morreu, portanto, sem nunca ter chegado à idade adulta, e em decorrência de algo que você, que vive correndo, faz todo santo dia: cair em decorrência de tropeço, distração ou corrida furiosa de alguma ameaça.
Ao conhecer o triste e melancólico fim que levou nosso exemplar humanos mais antigo, minha recomendação é o seguinte: amanhã de manhã, quando acordar estressado com a pressa e o atraso de todos os dias, pense no legado que vc potencialmente pode deixar para gerações futuras.
E quantos milhares de anos serão necessários até que alguém elucide seu fim?