UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: O tombo de Naia

sexta-feira, 16 de maio de 2014

O tombo de Naia

Esta é para você que vive correndo e não olha por onde anda.

Mal soou a notícia na edição lançada hoje da revista Nature e, nós, da periferia da cobertura científica mundial, já fizemos alarde nos nossos próprios jornais: o esqueleto mais antigo das Américas acaba de ser datado entre 12 mil e 13 mil anos (http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/esqueleto-encontrado-em-caverna-submersa-do-mexico-liga-antigos-modernos-nativos-americanos-12496348).

Naia, nome atribuído ao mais completo esqueleto encontrado até o momento, "era uma Paleoamericana, termo utilizado para designar os primeiros povos que entraram e, posteriormente, habitaram, o continente americano durante os últimos episódios glaciais do período Pleistoceno tardio", segundo revela uma notícia publicada hoje no jornal O Globo online.

Preservado o suficiente para permitir uma  datação do DNA mitocondrial, "por milhares e milhares de anos o esqueleto dessa adolescente ficou submerso em um elaborado sistema de cavernas em Hoyo Negro, a 39 metros de profundidade, na Península Yucatán, no México", até ser descoberta em 2011.

As circunstância da morte de Naia parecerem ter sido elucidadas: "Aparentemente, a menina caiu no que era um poço profundo e seco e morreu". Morreu, portanto, sem nunca ter chegado à idade adulta, e em decorrência de algo que você, que vive correndo, faz todo santo dia: cair em decorrência de tropeço, distração ou corrida furiosa de alguma ameaça.

Ao conhecer o triste e melancólico fim que levou nosso exemplar humanos mais antigo, minha recomendação é o seguinte: amanhã de manhã, quando acordar estressado com a pressa e o atraso de todos os dias, pense no legado que vc potencialmente pode deixar para gerações futuras.

E quantos milhares de anos serão necessários até que alguém elucide seu fim?

Nenhum comentário:

Postar um comentário