UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: Colombianas - Parte 1: Medellín

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Colombianas - Parte 1: Medellín

Segurança demais também atrapalha!

Se não fosse a Google ter me dado um olé e me bloqueado o acesso  a todos os serviços oferecidos por ela (como email e blog) - achando que alguém estava hackeando minha conta de email na Colômbia, quando, na verdade, esse "alguém" era eu mesma - já teria publicado há muito tempo algumas impressões colhidas durante a primeira parte da minha estadia nesse belo país que é a Colômbia.

Meu primeiro destino foi a cidade de Medellín, onde fui participar do congresso da Rede de Popularização da Ciência e da Tecnologia da América Latina e Caribe (Red Pop 2015). Mas não quero falar do congresso (afinal, tem quem o faça muito melhor do que eu). Quero falar das minhas primeiras impressões sobre a Colômbia, descritas pelo filtro da segunda maior cidade do país.

Duas coisas me saltaram aos olhos. A primeira é um hábito curiosamente simpático que têm os habitantes de Medellín. Ao invés de responderem ao seu "obrigado(a)" com um singelo "de nada", como se costuma fazer em outras artes da América Latina, eles respondem dizendo "com prazer" (con gusto). Às vezes, para emprestar ainda mais carga dramática à cena, eles dizem "com muito prazer" (con mucho gusto). E dizem isso tanto e com tamanha ênfase, que chego a pensar que eles passam a vida se divertindo bastante, tamanho é o prazer em dar informações e em prestar auxílio à menor sombra de hesitação do visitante que por ali passa. Até vi isso em outras partes por onde andei, mas, em Medellín, o hábito meu pareceu mais crônico.

A segunda característica local bastante sui generis é a coloração da frota de ônibus que circula por Medellín. Simplesmente não existe um padrão único para as diversas linhas. Ou melhor, o padrão é a própria criatividade kitsch levada ao seu paroxismo: são onibusinhos de cores tão intensas, tão particularizadas para cada linha e com nomes às vezes tão insólitos, que bate uma vontade louca de conhecer todos aqueles lugares: Aranjuez, Laureles, Poblado, San Lucas, Milagrosa, Sucre, Villa Hermosa, Santa Cruz.

Este espécime traz as cores da bandeira colombiana.

















As linhas de ônibus podem até ser colombianas, mas as cores são de Frida Kahlo

















Mas bom mesmo são as luzes neon, que acabam emprestando um certo ar de show do ABBA às ruas de Medellín. No lugar do grupo sueco, porém, a trilha sonora vem regada a rumba, bachata, vallenato ou champeta, gêneros musicais recorrentes, quando não obrigatórios
 
A luz neon se faz presente nas fachadas dos ônibus, tão logo o sol se põe.

Linha de ônibus com o sugestivo nome de Coopetransa: ônibus ou área de recreação?





Bom, por hoje é só isso mesmo. Depois de expor minhas primeiras impressões sobre Medellín, na próxima etapa, falarei da viagem à Ilha de San Andrés, Caribe. Con mucho gusto. 

  

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