UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: As luas de Júpiter

quinta-feira, 7 de julho de 2016

As luas de Júpiter

Quem não está acompanhando o bafafá em torno da chegada da sonda Juno ao planeta Júpiter, pode até não estar perdendo noites de sono, mas certamente está um espetáculo bonito de se ver.

Notícia publicada hoje no jornal O Globo online reproduz vídeo da Agência Espacial Norte-americana (Nasa), com imagens "caputaradas entre os dias 12 de junho, a uma distância de 16 milhões de quilômetros do planeta, até 29 de junho, a cerca de 5 milhões de quilômetros."

O vídeo está disponível logo abaixo. 

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É interessante frisar a importância das luas de Jupiter não só para o entendimento que temos hoje deste planeta,  Na descrição que a NASA faz do vídeo, foram elas que permitiram a Galileu Galilei rever, no ano de 1610, o status de "estrela errante" que até então vinha sendo injustamente atribuído ao maior planeta do nosso sistema solar. “Dessa observação ele percebeu que as luas estavam orbitando Júpiter (visto até então como uma estrela), uma verdade que mudou para sempre o entendimento da Humanidade sobre nosso lugar no cosmos. A Terra não era o centro do Universo".

Para quem não sabe, Júpiter tem 67 satélites (luas), mas Galileu só conseguiu visualizar as quatro maiores, às quais ele presenteou os nomes de Io, Europa, Ganymede e Callisto.

Com tantas luas ao redor de Júpiter, fico imaginando como seriam coisas que nos parecem bem triviais aqui na Terra: as marés naquele planeta (claro, caso houvesse água por lá); o ciclo menstrual das jovianas (naturais de Júpiter); e como se define a melhor época para cortar o cabelo por lá. 

Expostos à influência de tantas luas, os loucos (ou lunáticos) certamente viveriam em permanente estado de êxtase, sem saber para qual lua cheia uivar mais alto. Pois Juno, após trazer evidências contundentes da beleza da dança das luas de Júpiter, nos recomenda muito cuidado: pode haver muito mais poesia nas nuvens de gases de Júpiter do que julga a nossa vã filosofia.

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