UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: De estrelas e asteroides

terça-feira, 6 de setembro de 2016

De estrelas e asteroides

Olás, boa noite, salve, salve.

Desculpem a prolongada ausência. Estava passando férias em Saturno, na esperança de melhorar o meu mau humor cósmico, depois de uma semana que me tirou toda a vontade de passear os dedos pelo teclado. 

Passada a indisposição inicial, eis que consigo trazer pelo menos uma notícia alvissareira lá dos confins do nosso sistema solar. Senhoras e senhores, de acordo com notícia publicada hoje no jornal Hoje em Dia onlineuma estrela do rock acaba de deixar de ser estrela para virar asteroide

Não, não se trata aqui de um transbordamento intergalático da nossa crise política. Trata-se simplesmente de uma homenagem póstuma a um grande ícone da ópera rock, dado que "um asteroide orbitando Júpiter foi batizado em homenagem a Freddie Mercury, que completaria 70 anos nesta segunda-feira (5)".

A homenagem foi promovida pelo Centro de Planetas Menores da União Astronômica Internacional, que rebatizou asteroide descoberto em 1991, ano da morte do cantor, de "Asteroide 17473 Freddiemercury". 

Antes que alguém reclame que rebatizar asteroide é perda de prestígio na escola de, seria de bom alvitre ao menos ouvir a opinião do guitarrista do Queen, Brian May, ele próprio detentor de um doutorado em Astrofísica pelo Imperial College (Reino Unido). May defende que um asteroide é "apenas um ponto de luz, mas é um ponto de luz muito especial", uma espécie de "cinza no espaço".

O que exatamente May quis dizer com isso permanece uma incógnita, visto que os asteroides não costumam ter luz própria. Mas, seja lá o que for, fica desde já um consolo para os fãs de Mercury (que, ironias à parte, já leva o nome do menor planeta do nosso sistema solar): quem já foi estrela, nunca perde a majestade. 



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