Acho que nem o calendário maia - na sua mais pessimista interpretação - teria conseguido ser tão catastrófico: "Em ano de Copa do Mundo no Brasil e eleições, o Senado vai trabalhar apenas cinco semanas entre os meses de junho e outubro" (http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/02/1417814-senadores-cortam-72-das-atividades-na-copa-e-na-eleicao-salario-fica-igual.shtml).
A média de uma semana de trabalho por mês - pasmem! - concentra os esforços parlamentares para que a força criativa dos nossos representantes não se esvaia ao léu: "No calendário distribuído aos senadores, (...) constam jogos do Brasil e outras partidas que serão acompanhadas
por muitos congressistas – como a disputa Portugal x Gana, no dia 26 de
junho, e Suiça e Equador, no dia 23 de junho".
O presidente do Senado, Renan Calheiros, justifica a medida: "Aprovamos um calendário para o ano legislativo todo para compatibilizar
ano eleitoral e eventos internacionais com o funcionamento do
Congresso", teria afirmado ao jornal Folha de S. Paulo online.
Melhor seria dizer que o Senado aprovou os eventos internacionais para compatibilizá-loscom espírito da casa...
A autora criou esse blog para divagar sobre o que lê diariamente nos jornais, com foco principalmente (mas não exclusivamente) na cobertura diária de ciência. Suas principais armas são a ironia de inspiração machadiana e um computador bacaninha (ela tirou o escorpião do bolso e comprou um de verdade). Ao citar alguma passagem, por favor, dê créditos para a autora: até para as grandes bobagens o direito autoral é inalienável.
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