UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: Anacrônicos

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Anacrônicos

Dormiu no Reveillon? Perdeu a viagem dos seus sonhos? Desativou, sem querer, o seu despertador para aquele encontro importante? Esqueceu de descongelar o almoço e ficou comendo biscoitos? Pois aqui vão dois brevíssimos exemplos que reforçam a constatação de que "nem tudo está perdido".

O primeiro diz respeito à sonda espacial japonesa Akatsuki (que quer dizer "aurora" em japonês), que acaba de "penetrar na órbita de Vênus, cinco anos depois do previsto". Por conta de um problema no motor, a sonda, que foi lançada em 2010, havia fracassado "em sua tentativa de entrar na órbita de Vênus, quase sete meses após ter partido da Terra."

Frise-se que, mesmo tendo custado 25,2 milhões de ienes ao Japão (o equivalente a 188 milhões de euros) e falhado em sua primeira aproximação do planeta Vênus, a sonda Akatsuki ainda consegue ser depositária de muitas esperanças. É o encarregado da missão lançada pela Agência Espacial Japonesa, Masato Nakamura, quem relata: "Hoje recebemos a primeira imagem e fiquei muito surpreso porque nunca vimos uma imagem tão boa como esta. Creio que podemos esperar muito [da Akatsuki]."

Outro exemplo de que "nem tudo está perdido" - mesmo quando se está, de fato, perdido - é o da Sheila, mais conhecida como "ovelha cabeluda". Depois de passar seis anos perdida em uma floresta na Tasmânia (Austrália), Sheila foi finalmente localizada por um morador da região na beira de uma estrada. Segundo relatos, "ela não conseguia se mover por causa do peso da lã que a cobria."

Mesmo tendo passado tanto tempo desaparecida e longe das tesouras, o que fez com que sua lã estivesse l"cheia de nós e de restos de vegetais", Sheila acabou virando uma mina de ouro: "no total, os tosquiadores retiraram pouco mais de 21 quilos de lã da ovelha."

Moral da história: a diferença básica entre um desvio e um atalho não é o tempo de espera, mas o resultado final.

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