UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: IRIS

sexta-feira, 28 de junho de 2013

IRIS

A semana finda e, com ela, a minha esperança de que esta tivesse sido uma semana mais calma. Ledo engano: o chão continuou estremecendo sob os nossos pés, a cabeça rodou, o fígado se exaltou, os ombros e o pescoço se contraíram, o coração pediu descanso. Tarefa urgente: está na hora de pensar nas próximas férias!

Foi com o espírito de quem anda sonhando com uma rede à sombra que li esta notícia sobre o lançamento do IRIS, um "telescópio espacial para começar a desvendar os segredos da baixa atmosfera do Sol, região desconhecida onde se formam os ventos solares que castigam a Terra regularmente" (http://www.hojeemdia.com.br/noticias/ci%C3%AAncia-e-tecnologia/nasa-lanca-telescopio-espacial-para-estudar-atmosfera-solar-1.140753).

Pelos próximos dois anos, caberá ao telescópio IRIS (acrônimo de "Interface Region Imaging Spectrograph") uma tarefa que me pareceu de razoável importância: desvendar a origem dos ventos de mudança que tanto nos assolam. Com o novo telescópio, acredita-se ser "possível melhorar a previsão sobre as tempestades magnéticas que se dirigem para a Terra e que são um fator de perturbação para a rede elétrica".

A intenção é boa, mas o desafio é bem maior. Muito provavelmente, com ou sem a ajuda do telescópio IRIS, os perturbadores ventos da mudança continuarão revirando nossas vidas e caminhos. Mas de todas as lições que estão por vir, eu hoje vou preferir a tão almejada leveza de que falam os versos do Mário Quintana:

"O que o vento não levou

No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento..."

Boa noite para quem fica, pois minha bateria já arriou há muito tempo.

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