UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: O último ano do resto de nossas vidas

sexta-feira, 28 de março de 2014

O último ano do resto de nossas vidas

O que a constante consciência da morte traria de novo para a sua vida? Mais vida?

Senão uma vida longa, pelo menos uma vida intensa. Esta, pelo menos, foi a resposta que a jornalista Susan Spencer-Wendel deu a si própria após ter recebido o diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica. Aos 44 anos, casada e com três filhos, Susan entendeu que este tipo de esclerose "é um distúrbio neuromuscular degenerativo progressivo sem causa conhecida", sem tratamento nem cura e com uma expectativa de vida de três a cinco anos" (http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/2014/02/1411587-doenca-degenerativa-relato.shtml).

Apesar de ter cogitado suicídio, foi a vida quem falou mais alto na hora da decisão final: "Spencer-Wendel procurou se informar, trabalhar e cuidar dos filhos. Largou o emprego e decidiu conviver com as pessoas que mais amava, planejou viagens e recebeu amigos com o tempo que lhe restava. Estava determinada em fazer de cada dia uma experiência significativa".

A receita do último ano de vida, antes de uma morte certa, virou, no final das contas, a receita mais bacana para viver uma vida inteira: "Plantaria para a minha família um jardim de lembranças que viesse a florescer no futuro". O livro "Antes de dizer Adeus", está lá, florecido, para quem quiser ler.

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