O que a constante consciência da morte traria de novo para a sua vida? Mais vida?
Senão uma vida longa, pelo menos uma vida intensa. Esta, pelo menos, foi a resposta que a jornalista Susan Spencer-Wendel deu a si própria após ter recebido o diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica. Aos 44 anos, casada e com três filhos, Susan entendeu que este tipo de esclerose "é um distúrbio neuromuscular degenerativo progressivo sem causa
conhecida", sem tratamento nem cura e com uma expectativa de vida de três a
cinco anos" (http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/2014/02/1411587-doenca-degenerativa-relato.shtml).
Apesar de ter cogitado suicídio, foi a vida quem falou mais alto na hora da decisão final: "Spencer-Wendel procurou se informar, trabalhar e cuidar dos filhos.
Largou o emprego e decidiu conviver com as pessoas que mais amava,
planejou viagens e recebeu amigos com o tempo que lhe restava. Estava
determinada em fazer de cada dia uma experiência significativa".
A receita do último ano de vida, antes de uma morte certa, virou, no final das contas, a receita mais bacana para viver uma vida inteira: "Plantaria para a minha família um jardim de lembranças que viesse a florescer no futuro". O livro "Antes de dizer Adeus", está lá, florecido, para quem quiser ler.
A autora criou esse blog para divagar sobre o que lê diariamente nos jornais, com foco principalmente (mas não exclusivamente) na cobertura diária de ciência. Suas principais armas são a ironia de inspiração machadiana e um computador bacaninha (ela tirou o escorpião do bolso e comprou um de verdade). Ao citar alguma passagem, por favor, dê créditos para a autora: até para as grandes bobagens o direito autoral é inalienável.
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