UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: E o vento levou...

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

E o vento levou...

22 de outubro de 2015 há de entrar para a história. 

De acordo com notícia publicada no jornal Hoje em Dia online, o recorde histórico de 105 anos, computados desde que as medições meteorológicas começaram a serem feitas na capital mineira, foi novamente batido em pelo menos duas das estações de medição da cidade.

"De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), às 16h os termômetros na estação Pampulha chegaram a 37,7ºC." Já na estação centro-sul, estação de referência por ser a mais antiga da cidade, registrou 37,6ºC. A umidade relativa do ar também não estava ajudando nada: ela estava situada na faixa dos 21%, ou seja, muito abaixo dos 60% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 

Pouco após o recorde ser batido, uma forte chuva sobreveio à capital mineira, fazendo com que a cidade fosse colocada em estado de atenção. Segundo Heriberto dos Anjos, meteorologista do Centro de Climatologia Tempo Clima/PUC Minas, "o temporal pode causar transtornos por causa dos ventos, que podem ser superiores a 50 km/h."

Às 23h42 do dia de hoje, enquanto escrevo este texto, ventos de índole "tufônica" assobiam do lado de fora do meu lar, levando placas, caixas e objetos deixados ao léu. No rastro da destruição, a minha toalha de banho foi dada como desaparecida. Suspeita-se que ela tenha sido capturada por ventos guerrilheiros fortemente armados e levada pela janela do banheiro. Até o momento, ninguém entrou em contato pedindo resgate, mas tenho fortes suspeitas de que eu nunca mais voltarei a vê-la. 


Se, realmente, a toalha que o vento levou não volta mais, o que então ele há de me trazer de novo?

Vão se as toalhas, ficam as metáforas de vida.

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