UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: Pandemônio

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Pandemônio

Intrigas, falsidade ideológica, ostentação, privilégios, estelionato.

Não, estou estou falando do nosso Senado ou da Câmara dos Deputados, nem muito menos me referindo a qualquer telenovela brasileira ou seriado americano. Pois saibam, senhores e senhores, que a sórdida narrativa se passou no zoológico de Taipé, no norte da ilha da Taiwan. Segundo notícia publicada no jornal O Globo online de hoje, uma farsa de proporções ficcionais foi protagonizada pela por uma ursa panda de 11 anos, que teria simulado a própria gravidez.

Ao que tudo indica, a ursa Yuan Yuan, que "tinha passado por um procedimento de inseminação artificial em 26 de março e 27, de acordo com um porta-voz do zoológico",  já demonstrava sinais típicos de gravidez na espécie, tais como "perda de apetite, espessamento do útero e aumento da concentração de progesterona fecal." No entanto, a hipótese de gravidez foi desmentida por especialistas trazidos da China continental, que "determinaram que sinais de gravidez exibidos por panda gigante no zoológico de Taipé, no norte da ilha da Taiwan, parecem ter sido falsificados pelo animal, a fim de garantir melhores condições durante o verão".

Ainda de acordo com a notícia, "quando pandas engravidam, são transferidos para quartos individuais com ar condicionado e assistência em tempo integral, recebendo mais frutas e bambu".  Portanto, de boba, essa panda não tem nada: "especialistas acreditam pandas inteligentes apresentam um comportamento semelhante ao da gravidez para melhorar sua qualidade de vida, depois de perceber a diferença de tratamento que recebem".
 
A pena para semelhante delito? Infelizmente, o jornal não fala. Mas em se tratando da China , não seria exagerado pensar em uma punição exemplar, isto é, algo que oscilasse entre reclusão em solitária - obviamente, sem acesso a ar condicionado, frutas e bambu - e a pena de morte, com grandes possibilidades de que a pobre ursa acabe virando churrasquinho para alimentar o proletariado do país mais populoso do planeta. 

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