Múmias ruivas chinesas de até 4 mil anos de idade, encontradas na Bacia do Tarim (porta de entrada da rota da seda, no oeste da China), provam que a diversidade genética local é coisa mais antiga do que se supunha.
Estudo publicado na revista BMC Genetics, que contou com a análise de DNA de 36 indivíduos encontrados no cemitério Xiaohe, identificou linhagens genéticas de pelo menos dois grupos euro-asiáticos em meios aos primeiros colonizadores daquela região. No primeiro caso, trata-se de grupos nômades provenientes de estepes do Cazaquistão. Já o segundo caso conta com grupos provenientes do oásis de Báctria, onde hoje se encontram o Uzbequistão, o Afeganistão e o Turcomenistão. "Os resultados mostraram que ambas as teorias possuem certa validade, mas
as populações das estepes cazaques tiveram maior contribuição que os
povos do oásis de Báctria" (http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/exames-de-dna-revelam-origens-de-mumias-ruivas-chinesas-16843220).
Nada
disso poderia ser comprovado, no entanto, se a Bacia do Tarim não fosse
uma região desértica, capaz de preservar material genético suficiente
para comprovar as teorias relacionadas com linhas e mutações dos
primeiros habitantes da região.
Contudo,
para além das conclusões apontadas pelo estudo genético em questão, uma
terceira hipótese corre a boca miúda, nos bastidores da ciência
oficial. De acordo com ela, a rota da seda nada mais foi do que uma mera
desculpa para uma outra, muito mais importante e comercialmente
influente do que a primeira: a rota da henna.
No mais, Gerais. Depois dessa, melhor ir dormir.
P.S.1= Esse blog preza a ironia
P.S.2= Portanto, mantenha o bom humor.
P.S.3= Henna faz bem para o cabelo. Experimente antes de virar múmia.
A autora criou esse blog para divagar sobre o que lê diariamente nos jornais, com foco principalmente (mas não exclusivamente) na cobertura diária de ciência. Suas principais armas são a ironia de inspiração machadiana e um computador bacaninha (ela tirou o escorpião do bolso e comprou um de verdade). Ao citar alguma passagem, por favor, dê créditos para a autora: até para as grandes bobagens o direito autoral é inalienável.
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