
A colocação anterior carece de exemplos. Partamos do anúncio acima, retirado de um banco de dados que formei há uns 5 anos. Esta publicidade de sungas da Poesi, que foi publicada na Veja de 31 de outubro de 1979 (p.5), mostra como andava o ideal de corpo masculino naqueles idos.
Passados 25 anos, o ideal de corpo masculino ganhou, no mínimo, vários centímetros de massa magra.

Se, no primeiro exemplo, os três cavaleiros parecem envergonhados e nem sequer encaram de frente o olhar do(a) leitor(a) - talvez porque o slogan anuncie "maiôs para uma amor de verão", ao passo que eles estão só de sunga! - no segundo, o modelo foi "decepado", preservando-se assim uma situação de "anonimato". Sobrou só um corpo pedindo para o leitor(a) ter o desprendimento necessário para encarar a doação de órgãos. Na primeira publicidade, a intenção de seduzir estava óbvia demais para ser assumida de frente. Na segunda, deslocada demais do objetivo do anúncio para ser admitida enquanto tal.
Engraçadas essas publicidades. Na pior das hipóteses, elas me deram uma dimensão de como os gostos mudam. Fica aqui a minha provocação: "Olhos nos olhos, quero ver o que você faz!" Compra a sunga ou doa um rim? Isso é você quem escolhe!
Totalmente surreal... Bom, pelo menos para isso, esse blog serve.
ResponderExcluirVocê só serve pra falar mal da imprensa cotidiana! Hahaha!
ResponderExcluirNão! Eu também sirvo para falar mal da publicidade cotidiana... e ainda por cima cozinho razoavelmente bem!
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