UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: 30 minutos

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

30 minutos

Espero, sinceramente, que seu ano de 2013 tenha começado tão animado quanto o meu. Porque se ele não tiver começado, prezado leitor, então em breve ele há de ficar: uma supertempestade solar, dessas que só sacode o sistema solar a cada 200 anos, está prestes a acontecer. E o mais legal de tudo: só saberemos com 30 minutos de antecedência (http://oglobo.globo.com/ciencia/cientistas-alertam-sobre-fragilidade-diante-de-supertempestade-solar-7547720).

Bom, "prestes a acontecer" é modo de falar. "Como a última causou transtornos ao nosso planeta em 1859, os cientistas já se preparam para o evento, que poderia paralisar as redes de comunicações, incluindo GPS e telefones celulares". Mas como pouco se sabe sobre a pontualidade das supertempestades, foi declarada aberta a temporada de histeria coletiva: "A Academia Real de Engenharia da Grã-Bretanha disse que a explosão de radiação maciça é inevitável e que o governo deve criar um conselho de clima espacial".


Há, contudo, indícios de que histeria não seria assim tão infundada, já que a última supertempestade deixou marcas profundas no céu terrestre: "Na ocasião do último evento extremo, no século XIX, a Terra foi atingida por uma onda de partículas energéticas após uma grande explosão solar. A radiação causou faíscas em postes telegráficos e incêndios. Em todo o mundo, o céu noturno foi iluminado por efeitos semelhantes aos da aurora boral". Para mim, que andei congelando meus pés no Canadá por quase 7 anos, sem nunca ter tido a mísera chance de ver ao vivo e a cores uma aurora boreal, até que a possibilidade não me parece tão má assim.

O único problema é que à época da última tempestade, "não havia satélites em órbita ou microchips sensíveis no caminho das partículas". Agora, os satélites da órbita terrestre são tão numerosos quanto vendedores ambulantes na praia de Copacabana em domingo de sol. E para piorar a situação, o satélite encarregado de nos avisar da próxima supertempestade solar - chamado Advanced Composition Explorer (ACE) - só consegue emitir seu alerta de Ejeção de Massa Coronal com 15 minutos de antecedência.

Conclusão: "Os cientistas estão preocupados com o que vai acontecer se o Ace falhar". E eu, junto com eles, pois se o ACE falhar, adeus blog, adeus crônicas, adeus memórias do meu anel Juvenal, o inspirador deste blog. É bom notar que "a substituição de Ace, chamado Discover, deve ser lançado pela agência espacial americana, a Nasa, apenas no ano que vem".

No final das contas, acho bom a NASA correr com o lançamento deste tal de Discover. Ou então serei obrigada a inventar eu mesma um método de blogagem por telepatia!



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