UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: Rei morto

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Rei morto

Alvoroço total em Leicester, na Inglaterra!

Arqueólogos da Universidade de Leicester confirmaram que "um esqueleto encontrado no ano passado, durante as escavações de um convento medieval sob um estacionamento da cidade, era de fato o de Ricardo" (http://oglobo.globo.com/ciencia/arqueologos-encontram-esqueleto-do-rei-ricardo-iii-da-inglaterra-desaparecido-ha-527-anos-7486055).

Mais conhecido como Ricardo III, o rei em questão, outrora "representado por William Shakespeare como um tirano monstruoso que assassinou dois príncipes no palácio real da Torre de Londres, foi morto lutando contra seu eventual sucessor, Henrique Tudor, na Batalha de Bosworth Field, travada na região central da Inglaterra, em 1485".

Obviamente, o foco do deslumbramento midiático esteve concentrado na descoberta e celebração dos despojos reais. Mas uma questão não me passou despercebida: a pessoa-chave que, afinal de contas, permitiu a identificação, via teste de DNA, de um esqueleto que esteve mais de 500 anos desaparecido.

Nada de pânico, leitores, porque resposta já nos foi antecipada pela notícia publicada hoje no jornal O Globo online: "Especialistas disseram que o DNA retirado do corpo combinava com o de Michael Ibsen, um carpinteiro de origem canadense, morador de Londres, que genealogistas disseram ser o descendente direto da irmã de Ricardo, Anne de York".

Assim, ficou fácil, fácil imaginar o enredo do filme: será que o jardineiro já sabia de sua ascedência? Como e quando isto se deu? O que o teria levado do Canadá a Londres? E o que teria levado seus ascendentes de Londres até o Canadá?
 
Pelo visto, passados mais de 500 anos de sua morte, Ricardo III contiuará inspirando autores pelos tempos afora - senão alguém da estirpe do poeta e dramaturgo Shakeaspeare ou do ator e diretor irlandês Kenneth Branagh - pelo menos algum diretor hollywoodiano da vez.

Mas difícil mesmo vai ser arrumar um ator com o mesmo grau de escoliose do original: "O esqueleto também revela uma severa escoliose, que acredita-se ter ocorrido no início da puberdade. Embora tivesse 1,70m de altura, a curvatura na coluna levaria o rei a ficar significativamente menor e com o ombro direito mais alto do que o esquerdo". Tudo isso piorado, claro, pelos anos em que ficou guardado debaixo de um estacionamento.

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