UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: Sobre o Juvenal e a ironia machadiana

domingo, 2 de janeiro de 2011

Sobre o Juvenal e a ironia machadiana

Sei bem que anunciar "ironia machadiana" é quase uma heresia. Mas eu nunca quis ofender o mestre! Quis prestar uma homenagem - ou melhor, uma dupla homenagem - a duas figuras que muito me inspiraram na adolescência: Machado de Assis e Juvenal.
O primeiro dispensa comentários, mas o segundo merece algumas considerações introdutórias. Juvenal era o nome do anel que usei durante cabalísticos 6 anos e 6 meses. Ele era, na verdade, uma réplica do símbolo dos Hells Angels e tinha sido presenteado por uma amiga que morou de intercâmbio nos EUA, salvo engano, no ano de 1989. Em pouco tempo, Juvenal ganhou uma notoriedade impressionante: largo demais para mim, ele teimava em voar do meu dedo e cair em lugares inusitados. Chegou mesmo a tumultuar um certo episódio da Copa do Mundo de 1990, quando desapareceu no meio de um jogo e só foi achado horas mais tarde, mergulhado em um copo de cuba libre. Naquela época, o Juvenal era visto em toda sorte de eventos (casamentos, batizados, bailes de formatura, festinhas de colégio e faculdade) que eu frequentava. Acreditem, era tão popular que até a minha avó materna sabia o seu nome. Juvenal partiu pelo mesmo motivo que fez dele (e de mim, subsidiariamente) uma figura popular: vôou do meu dedo sem que eu me desse conta e nunca mais foi encontrado. Partiu deixando saudades de um tempo gostoso, com ares de provocação. Rebeldia de adolescente. Um brinde ao Juvenal!
Ah, eu hoje fui acordando e logo me dando conta de que tem um filme passando no circuito comercial de cinema, cujo título em português é "Crônicas de Narnia" (do original "The Chronicles of Narnia"). Êta coincidência infeliz: este blog nada tem a ver com mitologia! Aqui, fadas, leões e feiticeiras são como vampiros - só entram quando convidados - e, assim mesmo, como personagens secundários.

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