Se ontem eu estava toda serelepe falando de alongamento de ideias e ginásticas cerebrais, hoje devo confessar que acordei com a nítida impressão de que meu raciocínio foi passar no mata-burro e acabou enganchando o pé. Corri para cima e para baixo o dia todo e ainda assim estou com a sensação de não ter saído do lugar. Não falo de um lugar físico específico, falo de um lugar existencial. O corpo pode até saltitar como uma lebre, mas é a cabeça que parece derrapar na pista e sair pelo acostamento. Aonde era mesmo que eu estava indo? Nem me lembro: o pé do meu raciocínio continua preso lá no mata-burro. Ou então ele ficou parado no acostamento, esperando uma carona passar.
A autora criou esse blog para divagar sobre o que lê diariamente nos jornais, com foco principalmente (mas não exclusivamente) na cobertura diária de ciência. Suas principais armas são a ironia de inspiração machadiana e um computador bacaninha (ela tirou o escorpião do bolso e comprou um de verdade). Ao citar alguma passagem, por favor, dê créditos para a autora: até para as grandes bobagens o direito autoral é inalienável.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Morosidade na sinapse nervosa
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