UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: Máscara Negra

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Máscara Negra

Os restos mortais de outros Carnavais que sobrevivem em mim são pura nostalgia. Da infância: nas matinês no clube, nas guerras de confete e da serpentina lançada e que nunca ultrapassava o raio de 2 metros de distância. Da adolescência: nas viagens em turma, nas batucadas com balde (surdo) e porta de congelador (reco-reco), dos banhos de cachoeira para curar a ressaca ou dos banhos de mar para piorar a desidratação.

Já na idade adulta, um documentário e um artigo sobre o Carnaval a Cavalo de Bonfim selaram o fim do acordo: eu e o Carnaval optamos por uma separação amigável e não nos vemos mais há pelo menos uns 11 anos. Desde então, foram anos de ostracismo em terras longíquas, algumas poucas imitações baratas por aqui mesmo ou então programas alternativos em diversas partes do estado. Mas nada que não possa ser resgatado, obviamente, em outros carnavais.

Mas nem só de passado vive meu Carnaval. Para os que vão e os que ficam por aqui nas montanhas das Gerais, belas notícias: 4 dias de Carnaval sem chuva, temperaturas variando entre 18oC e 30oC (http://www.hojeemdia.com.br/entretenimento/carnaval-2012/folia-sera-com-sol-e-calor-em-minas-gerais-e-no-litoral-1.407899). Condições ideiais de temperatura e pressão para qualquer opção de Carnaval. Alegrai-vos pois Deus é Pai, é Mãe e é muito legal com a gente!

Quanto a mim, claro, vou picar minha mula para outras terras mais ditosas do que a Roça Grande. Volto na 4a feira de cinzas, fantasiada de bruxa. Ah, perdão, esqueci: isso já deixou de ser fantasia há tempos. É traje passeio-completo de quem leva a vida mexendo caldeirão das suas próprias memórias.

Para quem vai ou quem fica, segue então minha homenagem carnavalesca: "Máscara Negra" na voz de Dalva de Oliveira.

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