UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: Regeneração

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Regeneração

Não tem turbulência na vida que dure para sempre. E nada se compara à famosa "sensação de continente" como meio de superação das dificuldades.

Em homenagem a esta deliciosa sensação restauradora é que comento a seguinte notícia: estudo publicado esta semana na revista Nature e replicado pelo O Globo online revela que daqui a um período variando entre 50 milhões e 200 milhões de anos, "o movimento das placas tectônicas deverá unir as Américas com a Ásia, fazendo surgir a 'Amásia' " (http://oglobo.globo.com/ciencia/amasia-futuro-supercontinente-da-terra-unira-americas-asia-3916742#ixzz1lqXtabUE).

Os prognósticos dos cientistas são dos mais interessantes: "De acordo com o modelo calculado por Ross Mitchell e sua equipe da Universidade de Yale, nos EUA, a América do Norte gradualmente se fundirá com a do Sul, fechando o Mar do Caribe. Depois, o conjunto flutuará em direção ao Norte da Ásia, acabando com o Oceano Ártico e dando origem à Amásia".

Obviamente, o que vou dizer agora não consta na matéria, mas já posso antever ao menos duas consequências geopolíticas de grande porte se sucederão à grande união continental. Por um lado, de nada adiantarão os esforços dos EUA para a construção de muros ou barreiras de proteção contra imigrantes clandestinos. O lado positivo desta aproximação tectônica é que ela tornará inútil a ação dos coiotes, aqueles atravessadores de imigrantes clandestinos, que exploram o desespero alheio para entrar na Terra do Tio Sam... se tivermos paciência de esperar pelos menos 50 milhões de anos, claro.

Por outro lado, daqui a uns tempos - longos tempos, diga-se de passagem, teremos um encontro caloroso com - quiças! - trilhões de chineses. Uma coisa, contudo, é dada como certa neste grande evento geológico: haverá um superaquecimento da economia dos chineses com a proximidade crescente das regiões tropicais da América do Sul.

Eu sei, eu sei: nem precisava ser geólogo para fazer este prognóstico. Tudo bem! Eu também nem preciso esperar pelo surgimento da Amásia para ter minha sensação de supercontinente! Para mim, me bastam uma roda, olhares repletos de carinho e esta linda canção da Loreena McKennitt.

2 comentários:

  1. Uau, é diferente ouvir a música e ver e ouvir a música.Um tesouro!

    ResponderExcluir
  2. Ei, Lili!

    Eu é que agradeço por nos levar até o tesouro!

    Beijos.

    ResponderExcluir