Dia de extremos, senhoras e senhores. Extremos que alteram a temperatura do corpo e que falam dos movimentos de contração e expansão característicos da vida e da morte.
De um lado, os extremos de temperatura. Segundo consta nos autos, a região metropolitana da cidade de Florianópolis (SC) conheceu a neve hoje, pela primeira vez: "Rogério Rezende, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) do Rio
Grande do Sul, disse que 'não há registros do fenômeno na cidade, pela localização continental'. Segundo ele, a neve não era esperada para a capital do Estado" (http://www.hojeemdia.com.br/noticias/brasil/neva-pela-primeira-vez-na-grande-florianopolis-e-frio-fica-mais-intenso-no-sul-do-pais-1.149848).
Mesmo aqui na Roça Grande, cidade em nada afetada pela frente fria vinda do sul do país e onde "nesta segunda, por exemplo, os termômetros marcaram 30ºC", a temperatura há também de conhecer seus revezes: "Os mineiros vão sentir a diferença porque
(...) para esta quarta os registros não devem passar de 20ºC".(http://www.hojeemdia.com.br/minas/frio-deve-aumentar-e-previs-o-e-de-chuva-para-esta-quarta-feira-em-minas-1.149764).
Em meio a tantos extremos de temperatura, tristeza maior foi receber a notícia da morte do sanfoneiro Dominguinhos, aos 72 anos de idade. "Depois de seis anos de luta contra um câncer de pulmão, morreu nessa
terça-feira, às 18h, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o
sanfoneiro Dominguinhos, um dos maiores músicos do Brasil", por "complicações infecciosas e cardíacas" (http://oglobo.globo.com/cultura/morre-cantor-compositor-dominguinhos-aos-72-anos-9153537).
Se, como dizem os anatomistas, o diafragma nada mais é do que um
grande fole que dá vida ao pulmão, então foram dois os
instrumentos fatalmente silenciados pelo grande mestre da sanfona no dia de hoje. Dominguinhos, esse grande conhecedor das alternâncias do sopro divino, não há de sentir, portanto, nem o frio cortante do Sul nem o calor seco das Gerais.
A autora criou esse blog para divagar sobre o que lê diariamente nos jornais, com foco principalmente (mas não exclusivamente) na cobertura diária de ciência. Suas principais armas são a ironia de inspiração machadiana e um computador bacaninha (ela tirou o escorpião do bolso e comprou um de verdade). Ao citar alguma passagem, por favor, dê créditos para a autora: até para as grandes bobagens o direito autoral é inalienável.
quarta-feira, 24 de julho de 2013
O Fole
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