A autora criou esse blog para divagar sobre o que lê diariamente nos jornais, com foco principalmente (mas não exclusivamente) na cobertura diária de ciência. Suas principais armas são a ironia de inspiração machadiana e um computador bacaninha (ela tirou o escorpião do bolso e comprou um de verdade). Ao citar alguma passagem, por favor, dê créditos para a autora: até para as grandes bobagens o direito autoral é inalienável.
quinta-feira, 11 de julho de 2013
Contraste
Hoje vou ser breve. Prometo!
O que pode haver em comum entre um projeto de veículo-robô que a NASA enviará a Marte em 2020 (http://oglobo.globo.com/ciencia/foco-nos-sinais-de-vida-em-marte-8990847) e o florescimento inesperado da raríssima flor-cadáver pela terceira vez em cinco anos no Jardim Botânico Nacional da Bélgica, em Bruxelas (http://www.hojeemdia.com.br/noticias/bizarro/flor-cadaver-a-maior-do-mundo-floresce-em-bruxelas-1.144370)?
Ora, ora: o que mais poderia ser senão a vida florescendo nos lugares mais insuspeitos?
No caso da expedição ao rochoso e aparentemente estéril planeta Marte, a NASA sabe muito bem que, "dadas as recentes descobertas do Curiosity, vida passada em Marte parece possível". No caso da flor-cadáver, espécime "que floresce apenas três ou quatro vezes ao longo de seus 40 anos de vida", suas características de morte são apenas um subterfúgio para o florescimento da vida: afinal, seu "forte cheiro de carne podre" tem a única finalidade de "atrair insetos polinizadores, como besouros, garantindo a sua reprodução".
Na poeira das rochas inóspitas ou no cheiro de carne em decomposição, pouco importa: vida é vida. E quem não concorda que fique parado aí, exatamente onde está, vendo a vida... passar.
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