Surpreendente a análise dos dentes do Homem de Stonehenge, um esqueleto do período Neolítico que viveu há 5.500 anos. Ele foi encontrado na área de mesmo nome, conhecida como "o mais famoso e misterioso templo pré-histórico do mundo" (http://oglobo.globo.com/ciencia/face-do-homem-de-stonehenge-reconstruida-partir-de-esqueleto-de-5-mil-anos-11219649).
Realizada por Alistair Pike, pesquisador da Universidade de Southampton, a análise "mostrou pouco desgaste para a idade, o que sugere uma dieta leve para os padrões pré-históricos". Sabe-se agora que o fóssil possuía "uma maior ingestão de carne em comparação ao homem contemporâneo - possivelmente em ensopado."
Até aí, nada de excepcional - exceto para alguns inimigos declarados do sopão. A verdadeira novidade com relação ao Homem de Stonehenge foi saber que, além de ser grande consumidor de água potável e de ter morrido com idade estimada entre 25 e 40 anos, seus "dentes também estavam extraordinariamente limpos", o que teria até mesmo impedido os pesquisadores de analisar as espécies que ele comia.
Contudo, a limitação dos dados fornecidos pela análise da arcada dentária não parece ter comprometido o trabalho de reconstrução da sua face, que está sendo exposta desde dezembro de 2013 em um novo museu na proximidade Salisbury, sul da Inglaterra. Com base no comprimento dos ossos, no peso do esqueleto e na sua idade estimada, acredita-se que o Homem de Stonehenge "tinha
características muito masculinas, como um queixo e maxilar bem
definidos", além de "um grande vigor muscular" característico dos homens do Neolítico.
No mais, só especulações. Fontes anônimas alegam que Luzia, o mais antigo fóssil encontrado nas Américas, foi vista curtindo o perfil do seu homólogo inglês em pelos menos três redes sociais e já teria manifestado especial interesse em conhecê-lo pessoalmente.
A seguir, cenas do próximo capítulo...
A autora criou esse blog para divagar sobre o que lê diariamente nos jornais, com foco principalmente (mas não exclusivamente) na cobertura diária de ciência. Suas principais armas são a ironia de inspiração machadiana e um computador bacaninha (ela tirou o escorpião do bolso e comprou um de verdade). Ao citar alguma passagem, por favor, dê créditos para a autora: até para as grandes bobagens o direito autoral é inalienável.
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
O perfil de Stonehenge
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