UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: Faxineira Barbie-Azul

sexta-feira, 8 de março de 2013

Faxineira Barbie-Azul

A lista das profissões que têm os chefes mais odiados, divulgada pelo site americano PayScale, não deixa de ser surpreendente. Trata-se daquelas profissões em que tipicamente se tem que "conviver com um chefe que berra com seus funcionários, seja qual for o motivo, que dá a mesma ordem dezenas de vezes por dia, ou que fica em cima do empregado para que a tarefa seja logo cumprida", revela notícia publicada no jornal O Globo online (http://oglobo.globo.com/emprego/as-profissoes-que-tem-os-chefes-mais-odiados-7754949).

Pois saibam que, no topo das reclamações, não figuram os agentes de trânsito nem os ambulantes ou garis. Acreditem, são os químicos os mais insatisfeitos com seus patrões: "Segundo o levantamento feito pelo PayScale, 19% dos químicos que responderam disseram odiar o chefe e 16% registraram baixo índice de satisfação no trabalho. De acordo com o estudo, 54% dos químicos reportaram alto nível de estresse".

Quanto às profissões seguintes, até que elas preenchem algum grau de expectativa com relação aos níveis de estresse causado pelos respectivos patrões. São elas: assistentes de profissional de saúde, padeiros, supervisores de preparação de alimentos, técnicos da área de segurança. Em comum, todas essas profissões têm o fato de possuírem um nível de estresse de 54% ou mais, além de baixíssimos índices de satisfação no trabalho.

A meu ver, a profissão mais indigna, ao menos para o mundo anglo-saxônico, não figura nesta lista. Refiro-me aqui à profissão de faxineira, mas não de qualquer faxineira. A faxineira cujos patrões são os mais odiados é aquela que trabalha para o inglês Stanley Colorite, 41 anos. Conhecido como "Barbie Man", "ele possui nada menos que duas mil bonecas que enchem quatro quartos de sua casa", "além das milhares de bonecas, carros, castelos e outros mimos".

"Eles dizem que sua casa é sua mansão dos sonhos de Barbie e recebem visitantes que sempre saem encantados do local". Que as visitas saiam encantadas, isso pode até ser. Mas que aquela (ou aquele) que providencia limpeza no recinto sofre, ah, isso sofre!

O proprietário das duas mil Barbies se vangloria: "Tenho de tudo, até mesmo pasta de dente com a cara da Barbie". A faxineira certamente lamentaria o dia em que nasceu: seriam mais de duas mil Barbies em TPM, simultaneamente. Como eu disse logo acima, esta é uma daquelas profissões que comportam altíssimo nível de estresse. E pobre de quem convive com elas!


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