O último dia deste verão antecipou a chegada do outono. Eles não trouxe em abundância as águas de março, mas trouxe promessa de vida: aqui, no fundo dos oceanos e, à luz das últimas evidências, possivelmente em algum momento da história do planeta Marte.
Aliás, tanto aqui como em Marte, as evidências científicas encontradas alteram crenças sobre o caráter inóspito desses lugares. A começar pelas fossas Marianas, local mais profundo dos oceanos onde "não há luz do sol, e a pressão da água equivale a 1.100 quilogramas por
centímetro quadrado, algo como um carro de passeio sobre o dedão do pé" (http://oglobo.globo.com/ciencia/equipe-encontra-vida-microscopica-no-local-mais-fundo-dos-oceanos-7869982).
"Até então, acreditava-se que o leito da Fossa das Marianas, no Oceano
Pacífico, conhecido como Challenger Deep, era um lugar tão inóspito que
praticamente nenhuma forma de vida seria possível." Pois os últimos achados científicos vêm provar que mesmo com a ausência de luz e sob uma pressão que, para nós, reles mamíferos terrestres, seria esmagadora: uma equipe internacional de cientistas da Dinamarca, Alemanha, Reino Unido e Japão "anunciou evidências de vida microscópica, e em abundância, no limite das profundezas dos mares, a 11 mil metros de profundidade."
A autora criou esse blog para divagar sobre o que lê diariamente nos jornais, com foco principalmente (mas não exclusivamente) na cobertura diária de ciência. Suas principais armas são a ironia de inspiração machadiana e um computador bacaninha (ela tirou o escorpião do bolso e comprou um de verdade). Ao citar alguma passagem, por favor, dê créditos para a autora: até para as grandes bobagens o direito autoral é inalienável.
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