UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: Barros e o futuro

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Barros e o futuro

Não vou nem falar desta semana. Se ontem, eu já estava pedindo recall do planeta inteiro, então daí vocês imaginem como terminei a 6a feira. Dispenso, pois, qualquer comentário adicional.

Por outro lado, uma parte da minha alma mais afinada com o jeito "poliana-moça" de ser - isto é, aquela parte destestavelmente otimista - me pediu para que eu tivesse paciência comigo mesma, com o planeta e com o cosmos, e que lembrasse que mesmo estando no meio dos piores cataclismas existenciais, há que se guardar algum elo de esperança, algum rasgo de credulidade que nos reconecte com a criança que fomos.

É a essa criança que trazemos dentro de nós que brindo, oferecendo como lenitivo os versos que Manuel de Barros andou escrevendo especialmente para a Folhinha, caderno infantil do jornal Folha de S. Paulo online.

É de uma linda poesia escrita por Manoel especialmente para a edição da Folhinha, intitulada "Oito formas poéticas de curtir as férias" que retiro os seguintes versos (http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/2013/04/1260959-leia-versos-que-manoel-de-barros-fez-especialmente-para-a-folhinha.shtml):

"3
Hoje eu recebi procuração de um pássaro
para abrir a manhã e fechar o anoitecer.
Fiquei amoroso da natureza com essa distinção.
Não sei se vou dar conta."

Como eu também não sei, vou pedir para que a minha criança interior encontre a resposta. Mas, antes, ela precisa dormir o sono dos justos porque é justa e é criança.

Boa noite para quem fica. Fui.

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