UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: O Jardineiro Fiel

terça-feira, 23 de abril de 2013

O Jardineiro Fiel

Quando eu falo de jardineiro fiel, não estou me referindo ao filme dirigido por Fernando Meirelles e estrelado por Ralph Fiennes - cujo título é The Constant Gardener, no original. Estou falando de um outro jardineiro que, de tão fiel às suas inclinações musicais, vai acabar levantando sérias suspeitas de tendenciosidade.

O jardineiro em questão é Chris Beardshaw, um britânico que "apresenta um programa na BBC Radio chamado 'Gardener's Question Time', no qual tira dúvidas de jardineiros do Reino Unido" (http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/04/1267645-musicas-do-black-sabbath-fazem-bem-as-plantas-diz-especialista-em-jardinagem.shtml).

A novidade é que Beardshaw decidiu colocar "músicas em estufas para testar a reação das plantas". Na verdade, as músicas não foram dispostas aletatoriamente, mas executadas em estufas distintas, de acordo com o gênero musical: " 'Nós montamos quatro estufas com tipos diferentes de música para ver o que acontecia. Uma era silenciosa (essa era a estufa de controle), uma tinha música clássica, uma tinha Cliff Richard e a última tinha Black Sabbath', contou o jardineiro".

As primeiras avaliações do seu experimento indicam resultados surpreendentes: "Os resultados mostraram que músicas como as do Black Sabbath, mais pesadas, fazem muito bem às plantas, enquanto canções mais leves, como as de Cliff Richard, prejudicam os vegetais e podem até matá-los."

Pois é... Fica no ar uma dúvida que não quer calar: por que o Black Sabbath e não outra banda do mesmo porte? E por que não o Black Sabbath, perguntariam os fãs mais aguerridos?

Sim, é verdade. Pesquisadores, jardineiros e radialistas, todos temos direito a nossas preferências. Pelo visto, até as abobrinhas, cenouras e pepinos têm também as suas. Pois se é assim, nada mais tenho a declarar. Cenouras, abobrinhas e pepinos me calaram o protesto. Não dá para contra-argumentar evidências tão impactantes como plantas e legumes viçosos.  O máximo que se podefazer comê-los de bom grado, imaginando a trilha sonora dó próximo sopão de inverno.

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