UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: Condições oceânicas e atmosféricas

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Condições oceânicas e atmosféricas

Se você é daqueles que acha que 2013 já testou todos os seus limites a ponto de convocar novo Reveillon antes mesmo de chegar à metade do ano, então o aviso da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (agência norte-americana cuja sigla original é NOAA) vai realmente frustrar todas as suas expectativas de um segundo semestre mais calmo.

Ao que tudo indica, a temporada de furacões e tempestades no Atlântico do ano de 2013, que dura em média seis meses e tem início no dia 1º de junho, "será particularmente ativa" este ano (http://www.hojeemdia.com.br/noticias/mundo/agencia-dos-eua-preve-temporada-ativa-de-furac-es-no-atlantico-em-2013-1.127102). O termo "ativo", no caso, refere-se à superação da marca média anual de até três furacões de grande potência, para um prognóstico mais sombrio: "três a seis podem ser furacões de grande potência, nas categorias 3, 4 e 5, com ventos mínimos de 178 km/h".

A razão para este aumento de quase 100% é um somatório de condições oceânicas e atmosféricas adversas: a persistência de ventos fortes provenientes do oeste do continente africano, o aumento da temperatura média nos mares Atlântico tropical e Caribe, assim como a ausência da corrente marítima quente El Niño, que impede a formação de furacões.

Bem, já que o tempo não anda ajudando, então pelo menos tente não entrar em sintonia profunda com as vybes destrutivas do hemisfério norte. Isto é: evite sincronizar a sua temporada pessoal de tormentas existenciais daqui com a temporada de furacões de lá,  e nem pense em sair comprando galochas, guarda-chuvas ou botes salva-vidas, porque eles pouco adiantarão no seu drama pessoal.

O melhor a fazer é correr até a loja de móveis mais próxima e parcelar um novo e confortável sofá, um estoque de lenços de papel e esperar pacientemente pelo fim do noticiário. Ou antecipar o Reveillon 2014 para 31 de maio.

Obviamente, como a agência é americana, o prognóstico vale preferencialmente para os Estados Unidos, mas acaba trazendo consequências inegáveis para o mundo inteiro. Aqui no Brasil, por exemplo, os noticiários podem se prolongar demasiadamente em função destas catástrofes e atrasar a sagrada novela das 20h.

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