UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: Grave

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Grave

Minha conclusão, ao chegar ao final do dia de hoje, é a seguinte: está cada vez mais difícil ganhar dinheiro honestamente. E a situação está ficando cada vez mais grave.

Grave mesmo! Depois de provarem por "a + b" que profissionais com nomes curtos costumam ter melhores salários  nos EUA(http://cronicasdejuvenal.blogspot.com.br/2013/05/curtissima.html), mais um estudo vêm provar o porquê de eu ter nascido - e permanecido - consideravelmente pobre ao longo da minha não muito longa existência: "É científico", revela notícia publicada no jornal O Globo online, "os executivos de vozes mais graves têm salários mais altos e maior estabilidade no cargo, registra estudo recente da escola de negócios da Duke University" (http://oglobo.globo.com/emprego/executivo-com-voz-grave-ganha-melhores-salarios-diz-estudo-8366442).

Ao que parece, os resultados do estudo, que foram publicados na Revista Evolution and Human Behavior em abril deste ano, podem ser extrapolados para "profissionais de maneira geral", encontrando também respaldo em especialistas das áreas de  Neurolinguística e Oratória.

Bem, que a Neurolinguística e a Oratória já possuem uma certa intimidade com o ambiente empresarial, isto há muito já se sabia. O que não se sabia era que a Fonodiaulogia também estava passeando por esta seara: "O foco principal da pesquisa americana — que analisou o timbre de voz de 792 presidentes de empresas — foi o nível de tom de voz de cada executivo (medido em hertz) em relação ao tamanho da empresa, à remuneração anual e à estabilidade". E tem mais: não sei se é bem um consolo ou um motivo a mais para cortar os pulsos, mas os pesquisadores também consideraram "outras influências, como educação e idade".

E para concluir o quê? O que muitos supuseram ao ler logo as primeiras linhas deste comentário: "Segundo o professor Bill Mayew, um dos autores da pesquisa, os CEOs de vozes grossas administravam grandes empresas e, assim, tinham os melhores salários", além de permanecerem mais tempo nos cargos.

Estupefata com a pouca perspectiva de mudança da minha situação salarial - a menos, é claro, que eu tome hormônios masculinos, o que não é nem de longe o caso - dou a questão por encerrada, mas não sem antes protestar com duas perguntinhas incômodas: 1) O estudo se aplica a transexuais? 2) Que destino aguarda cantoras sopranos da estirpe da Maria Callas: a indigência na sargeta?

Sem mais para o momento, despeço-me - sob protestos e só!

Nenhum comentário:

Postar um comentário