UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: Colo

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Colo

Este é o tipo de notícia que adianta ler quando você está antes, durante e depois da casa dos cinquenta anos de idade.

Parece óbvio - e talvez seja mesmo! - mas não custa repetir para lembrar: pesquisa da Universidade de Brandeis, em Massachusetts (EUA), acompanhou um grupo de 1.200 pessoas durante 10 anos e descobriu que "adultos que tiveram uma infância marcada pelo amor materno apresentam um estado de saúde bem melhor do que aqueles que não desenvolveram uma relação íntima com as próprias mães" (http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1039810-amor-materno-durante-infancia-previne-doencas-na-meia-idade.shtml).

Que pessoas "mais amadas" são também as "mais saudáveis" parece ser o maior lugar comum da face da Terra. A questão é o caminho demonstrativo percorrido para se chegar a esta conclusão, já que pesquisa anteriores já haviam demonstado "que crianças que crescem em áreas pobres são mais propensas a desenvolver doenças crônicas ao atingir a idade adulta". A explicação para a vulnerabilidade da saúde de adultos que cresceram em áreas de risco social é dada pela principal responsável pela pesquisa, Margie Lachman, autora do trabalho publicado na revista Psychological Science: "O estresse na infância pode levar a resíduos biológicos que reaparecem na meia-idade", explica.

O elemento perturbador, no entanto, era tentar compreender porque algumas crianças submetidas às mesmas condições socioeconômicas não desenvolviam doenças como diabetes, pressão alta e ataque cardíaco. Segundo a matéria da Folha online, "o amor maternal durante a idade infantil seria uma espécie de 'escudo' de proteção contra doenças a longo prazo".

Como nem tudo são flores nessa vida, ficou faltando a matéria da Folha trazer mais detalhes de como a pesquisadora e sua equipe chegaram a tal conclusão e que tipo de método foi utilizado para aferir a "eficácia" do amor maternal. Mas nem tudo são flores e nem tudo é colo de mãe nessa vida. Antes fosse...

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