UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: Visita de Eros

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Visita de Eros

Hoje, Eros passou pela Terra mandando lembranças!

Para quem não sabe, não viu ou não perguntou, Eros é um asteróide que viaja entre as constelações de Leão, Sextante e Hidra e que hoje esteve "a aproximadamente de 26,7 milhões de quilômetros de distância da Terra"(http://www.hojeemdia.com.br/noticias/asteroide-passa-perto-da-terra-feito-so-se-repetira-em-2056-1.400230).

A distância entre Eros e a Terra foi relativamente pequena, mas sem nenhum risco de colisão. Se bem que se pode esperar de tudo em 2012. Mal o ano começou e ele já chegou mostrando que qualquer descuido pode ter consequências trágicas: hora é navio que afunda, hora é prédio que cai - então, por que não temer uma chuva de Eros, o asteróide?

De qualquer forma, a passagem de Eros pela Terra, que aconteceu por volta das 11h desta terça-feira, 31 de janeiro, parece trazer um "quê" de novidade com relação às passagens anteriores. "O asteroide tem uma medida de cerca de 34 quilômetros de largura, o que faz com que ele seja avistável de telescópios modestos - um acontecimento raro para o histórico do Eros". Ou seja, desta vez Eros pôde ser visto por mortais de meios modestos e isto é ótimo: sinal de que os asteróides estão mais atentos às disparidades socioeconômicas do planeta Terra.

Claro, não pude deixar também de sorrir diante de uma determinada coincidência de datas. Da vez passada, a visita de Eros a Terra coincidiu com o meu próprio nascimento: "o asteroide Eros passou perto da Terra pela última vez foi há 37 anos, em 1975 (...) e só vai repetir o feito em 2056". Só que, desta vez, a passagem do asteróide coincide com o meu inferno astral - aquele famoso período de dúvidas e questionamentos que antecede todo aniversário. Com tanta sincronicidade no ar, a dúvida foi inevitável: se o asteróide falasse, o que ele teria a me dizer 37 anos depois do meu nascimento?

Sinceramente? Não tenho a menor ideia. Provavelmente me mandaria tirar a cabeça das nuvens e fincar os pés de vez neste asteróide pequeno que todos chamam de terra - só para não deixar passar em brancas nuvens a famosa canção de Zé Ramalho. Enfim, já que o meu aniversário está chegando, Eros bem que poderia me descolar ao menos dois presentes: minha taça de ambrosia e meu passeio nas costas de Zéfiro, o vento do Oeste. Depois disso, prometo ficar aterrada até 2056, ano da sua próxima visita.

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