UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: O desconhecido

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O desconhecido

Posso até estar equivocada... Mas prefiro acreditar que o medo é capaz de rugir tão alto quanto um leão.

Claro, não estou falando do signo de leão, pois em pleno 27 de agosto, não há mais leoninos festejando aniversário. Mas como então explicar a presença de um leão - supo-stamente foragido  na vila de St Osyth, na costa leste da Inglaterra?

De acordo com notícia da BBC Brasil replicada pela Folha de S. Paulo online, o misterioso animal teria sido ouvido por moradores neste domingo, dia 26, por volta das 19h. "Policiais acreditam na veracidade das informações sobre o leão, já que uma foto tirada por moradores - ainda que feita de longe e de má qualidade - foi mostrada às autoridades. Eles chegaram a fechar ruas próximas a Earls Hall Drive, local onde o leão teria sido avistado" (http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1143714-britanico-ouve-rugido-e-policia-busca-suposto-leao-desconhecido.shtml).

No entanto, interpelado pelas autoridades, o Zoológico Colchester já avisou que não deu falta de nenhum de seus felinos."Um circo que estava na área também foi contactado, mas informou que não não tem nenhum animal desaparecido, e sequer possui leões", relata a notícia.

Tal qual cabeça de bacalhau - que todos dizem saber existir, mas a maior parte nunca viu - o animal continua mobilizando forte aparato policial, incluindo homens armados e dois helicópteros para rastreamento das supostas pegadas. Como as evidências eram fracas, "a polícia primeiro recomendou que a população ficasse dentro de casa, mas depois voltou atrás e disse que todos devem aproveitar o dia de verão, mas sendo cautelosos". 

Está certo, cautela nunca é demais. Mas se, por um lado, a polícia acabou reconhecendo que "a origem do animal é desconhecida", por outro resta admitir que o medo faz também suas presas. E que neste mundão de incertezas e profundas transformações, ninguém está isento de cair em armadilhas desta natureza: o animal é tão somente uma metáfora do próprio desconhecido.

Mas... e a foto? A pura e simples conformação deste medo em megapixels. E o oposto disso é aproveitar os dias de verão dispensados pelo nosso sol interno. Carpe Diem!

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