UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: Stroopício

terça-feira, 13 de março de 2012

Stroopício

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Matéria publicada hoje no O Globo online descreve estudo experimental sobre a capacidade cognitiva de estudantes locais de ambos os sexos, realizado na Universidade Radboud, na Holanda: este "novo estudo, cujo resultado foi publicado na revista 'Scientific American', sugere que o simples fato de antever o encontro com uma mulher já é capaz de comprometer a performance masculina" (http://oglobo.globo.com/saude/imaginar-que-esta-sendo-observado-por-uma-mulher-compromete-performance-mental-do-homem-4297788#ixzz1p3lDW989).

O estudo simula duas situações em que os estudantes são convidados a preencherem o chamado Teste de Stroop, desenvolvido em 1935 pelo psicólogo John Ridley Stroop, e que mede a capacidade de processar informações conflitantes e que exigem certa performance cognitiva da parte do respondente. Em ambas as situações, os estudantes deveriam preencher o Teste de Stroop antes de depois de lerem em voz alta uma lista de palavras para uma câmera. Porém, a "sutileza" do teste consistia em creditar um nome e gênero à pessoa que - supostamente - assistiria à leitura em voz alta do outro lado da câmera, atribuindo-lhe um nome masculino ou feminino.

Não deu outra. "Depois de concluir a leitura, os estudantes receberam um segundo Teste de Stroop. A performance das mulheres no novo exame foi igual à do primeiro. Mas, entre os homens que julgaram ter sido observados por uma mulher durante a leitura, o desempenho foi pior nesta segunda parte do Stroop". Traduzindo para a linguagem dos leigos com uma baita preguiça de fazer esforço mental: os homens pareceram mais abobalhados após interagirem - ou terem sido avisados de que interagiriam - com uma mulher.

Bem... E daí? A pesquisa promete dar pano para manga para quem surfa na apologia às "novas tecnologias", patati, patatá: "A pesquisa de Sanne Naut sugere que, nos dias de hoje, em que é comum as pessoas interagirem sem contato físico ou visual — ao telefone ou on-line, por exemplo — os homens podem ter sua capacidade cognitiva prejudicada quando confrontados com o sexo oposto".

O engraçado dessas pesquisas comportamentais é que elas formalizam um conhecimento prático que o senso comum já vem lançando mão faz tempo. Basta ver o número de pessoas do sexo feminino trabalhando na função de operadoras de telemarketing. Donde concluímos, com a sabedoria que a empiria nos deu, que homens endividados devem correr de credores que vestem Prada e saia justa.

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