UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: Do galo para o vinho!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Do galo para o vinho!

Frisson total no mundo dos atordoados!

Pesquisadores do UT Southwestern Medical Center vêm estudando uma droga poderosa, feita a partir do resveratrol, que é um neuroprotetor presente no vinho (http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2011/05/26/composto-de-vinho-tinto-pode-reduzir-os-efeitos-de-concussoes-na-cabeca-diz-pesquisa-924541057.asp). O objetivo da nova droga "é observar se há redução dos danos ao cérebro após o impacto e a restauração das funções cerebrais sutis através de seus efeitos antioxidantes".

Uma das utilizações concretas da droga seria, por exemplo, na recuperação de atletas cuja prática esportiva os expõe a riscos de concussões (traumatismo causado por pancada na cabeça) como, por exemplo, os boxeadores. O resveratrol, que já vinha sendo testado em animais e reduzindo "significativamente danos a longo prazo", será testado agora em duas dúzidas de atletas voluntários. Mas o melhor da história é o método: "neste estudo, uma dose diária oral será administrada por sete dias, em até duas horas depois da luta".

Mas eu, que não bati minha cabeça em lugar nenhum e não sou boba nada, já tô vendo o "embroglio" lá na frente: vai ter atleta querendo passar diretamente à fonte e entornar litros de vinho, com a desculpa de recuperar os neurônios e suas conexões. Até aí, tudo bem: uma dor de cabeça a mais, outra a menos não vai fazer tanta diferença. O problema vai ser quando começarem a vender vinho Chapinha nos parques de diversão, na saída do carrinho tromba-tromba, para ver se dá para salvar alguma coisa dos cérebros mais sacudidos. Ou pior, o vinho pode acabar ganhando o mesmo status do espinafre do Popeye: depois da briga da escola, basta um galãozinho para colocar tudo em ordem.

Será um caso típico daquilo que chamam solenemente de experimentos com "efeitos não-pretendidos"... E tenho dito!

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