UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: 2012: o ano das motos!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

2012: o ano das motos!

Todo dia é dia de celebrar alguma coisa. Uns andaram hoje comemorando o Dia do Orgulho Nerd; outros, o não-fim do mundo; ou, ainda, o simples fato de o dia de hoje ter sido um belo dia de céu azul. Afinal, cada qual celebra o que bem entende. Mas quando o assunto é trânsito, fica difícil comemorar alguma coisa.

O Instituto de Pesquisas Econômicas (IPEA) divulgou hoje o estudo "A Mobilidade Urbana no Brasil", capaz de arrepiar os cabelinhos do pé até a nuca. De acordo com matéria publicada hoje no Hoje em Dia, "a pesquisa mostra que a demanda por transporte público caiu 30% na última década. No mesmo período, a compra de carros cresceu em media 9% ao ano e a de motos, 19%" (http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/noticias/brasil/em-dez-anos-havera-mais-motocicletas-do-que-carros-nas-ruas-do-pais-1.285076). Trocando em miúdos, a previsão catastrófica é a de que, a partir de 2012, a aquisição de motocicletas será maior do que a de automóveis. Ou seja, ao que parece, o fim do mundo vai ser mesmo em 2012, hehehê!

E qual o problema disso? Segundo Carlos Henrique Ribeiro de Carvalho, técnico de planejamento e pesquisa do IPEA, citado na matéria do Hoje em Dia, a moto já polui mais do que o carro; e se comparada ao transporte público, polui até 40 vezes mais.

A questão é saber, meu caro Watson, de qual transporte público estamos falando nesse trecho. É bom lembrar que o danado do ônibus emite monóxido de carbono, ao passo que o metrô não emite gases poluentes, pois é movido à energia elétrica. Qualquer criança sabe disso! A prova disso é que essa informação está disponível no site da Discovery Kids (http://www.canalkids.com.br/meioambiente/planetaemperigo/poluar2.htm).

Mas é claro que o aumento de formas mais poluentes de transporte não é um problema que só pode ser imputado aos motoqueiros, ávidos por exercer seu poder de consumo. As empresas responsáveis pelos transporte em ônibus e o poder público tem sua parcela de culpa nessa história: "O alto custo das passagens também influenciou a mudança do comportamento - desde 1995, as tarifas dos ônibus urbanos aumentaram cerca de 60% acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)".

Preço salgado das passagens de ônibus, ar poluído pelas motos, carros matando gente que nem guerra civil. Para onde correr? Não sei, mas se tivesse que correr, tentaria ir de bicicleta: barato, não polui e, se depender dos morros de BH, vc vai sair com as coxas e panturrilhas da grossura das do Dunga (nos áureos tempos, claro).

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