Não se falou de outra coisa hoje nas redes sociais, nos papos em torno da garrafa de café no escritório, no banco do transporte coletivo.
Aos cinco meses de idade, o menor bebê nascido vivo no Brasil deixou hoje o hospital após 1 ano de internação. "Quem vê a menina com os atuais 3,300 quilos nem diria que ela é a menor bebê que já nasceu no Brasil, com 360 gramas. No mundo, há registros de apenas 138 crianças que nasceram com menos de 400 gramas", informa a matéria publicada no jornal Hoje em Dia online (http://www.hojeemdia.com.br/minas/menor-bebe-do-brasil-ganha-peso-deixa-uti-e-ja-esta-em-casa-1.440308).
A pequena Carol encarna hoje o milagre da vida: " 'Muitas crianças prematuras só sobrevivem porque os médicos investem no tratamento da mãe e o caso de Alexandra e Carolina prova que é possível tratar, com sucesso, crianças muito pequenas', explicou o obstetra do hospital, Frederico Pereira".
Diagnosticada com displasia boncopulmonar, indício de má formação nos pulmões, a pequena guerreira lutou pelo seu direito ao sol: e conseguiu.
Agora é esperar que ela cresça feliz e com saúde, e seja alfabetizada o mais rápido possível para poder desfrutar dos conselhos da médica cirurgiã Luciana Aun, autora do livro "Segredos do Antienvelhecimento", publicado pela Editora Livre Expressão (165 págs., R$ 34).
Na contramão de especialistas que aconselham comer menos para viver mais, Aun afirma que "para manter a saúde e retardar os efeitos do passar dos anos no corpo é preciso até consumir algumas calorias extras - desde que vindas dos alimentos certos e com novos arranjos nas proporções de cada grupo de nutrientes conforme a fase da vida" (http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1084102-medica-propoe-mudanca-alimentar-para-retardar-envelhecimento.shtml).
Ao propor uma modificação na tradicional pirâmide alimentar - que estipula as proporções ideais de consumo de proteínas, carboidratos, vitaminas, gosduras, açúcares e outros nutrientes importantes para a alimentação saudável - Aun reivindica um aumento substancial dos níveis de gordura "boa" nas fases da pré-menopausa e da andropausa. "Gorduras boas, especialmente as ricas em ômega 3, facilitam a fabricação e o transporte de hormônios, sem causar inflamação", esclarece.
Bem... Para quem nasceu com 360 gramas como a pequena Carol, uma velhice rica em gorduras "boas" nãodeixa de ser um prognóstico bastante atraente. Mas o aumento de gorduras consideradas "boas" não basta por si próprio e deve vir acompanhado de pelo menos três outros ingredientes mágicos: 1) "da reserva de antioxidantes, substâncias que combatem os radicais livres, moléculas relacionadas aos processos degenerativos do organismo"; 2) de atividade física; e 3) meditação.
Findo o receituário, uma constatação: celebrar a vida é primar pela qualidade do que se come, do que se pensa e do que se respira.
No mais, boa noite para quem fica.
A autora criou esse blog para divagar sobre o que lê diariamente nos jornais, com foco principalmente (mas não exclusivamente) na cobertura diária de ciência. Suas principais armas são a ironia de inspiração machadiana e um computador bacaninha (ela tirou o escorpião do bolso e comprou um de verdade). Ao citar alguma passagem, por favor, dê créditos para a autora: até para as grandes bobagens o direito autoral é inalienável.
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