Pois bem: hoje é dia de "tópico frio". E já que nada de suficientemente atrativo chamou minha atenção, passemos logo ao subterfúgio. Matéria publicada na Folha online anuncia: "Temporada de visitação ao Alaska tem início em junho" (http://www1.folha.uol.com.br/turismo/1097493-temporada-de-visitacao-ao-alasca-tem-inicio-em-junho.shtml).
Para quem não sabe, o Alasca é "visitável" entre junho e setembro - período que cobre o final da primavera e o verão naquela região. Fora desse período, não sobra muita coisa: só um punhado de gente e a Sarah Palin.
E aí, o leitor tropicalíssimo então pondera: o que tem de bom para se ver no Alasca? A matéria, claro, joga a isca com a resposta: "O litoral recortado, repleto de baias onde se destacam os glaciares, permite um contato direto com a natureza da região", avisa a matéria.
Pois se a intenção era seduzir o leitor afoito, aqui vou eu! Pudesse eu tomar um navio - aquele velho navio - iria hoje direto para o Alasca. Em um gesto desprendido, afundaria a cabeça - e com ela, alguns trilhões de neurônios recalcitrantes - no primeiro glaciar que visse pela frente. A manobra é arriscada, visto que minha cabeça anda quente e os glaciares andam derretendo rápido. Mas não há vida plena onde não há risco.
Na pior das hipóteses, ficaremos eu e as focas a reclamar da vida...
Espero que me compreendam, baleias, focas e leões marinhos, e que perdoem a heresia do meu "tópico frio": mas um subterfúgio para esfriar a cabeça é fundamental!
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