UA-89169382-1 Crônicas de Juvenal: Paz & Amor

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Paz & Amor

Depois dessa notícia, nunca mais perderei a fé na capacidade de autotransformação do ser humano! Vejam bem: as irmãs gêmeas Lamb e Lynx Gaede resolveram dar um novo sentido à sua existência neste planeta.

De acordo com matéria publicada hoje no jornal Folha de S. Paulo online, que replica noticia publicada originalmente no britânico Daily Mail, a mudança das duas californianas foi radical: "na adolescência, as irmãs ficaram famosas por defender o nazismo e até lançaram um disco sob a alcunha Prussian Blue, o nome do gás que matou milhares de judeus nos campos de concentração" (http://f5.folha.uol.com.br/humanos/1111536-maconha-transforma-gemeas-nazistas-dos-eua-em-hippies.shtml).

Hoje, aos 20 anos, o discurso é outro: "A garotas, que antes negavam o Holocausto e usavam camisetas do Smile usando bigode de Hitler, dizem que agora são 'bastante liberais' ". Diria até que elas mudaram da lama para o vinho Cabernet da melhor safra do milênio passado: apregoadoras da diversidade, elas hoje defendem a pluralidade de formas e estilos de vida nesse planeta: "Temos muitas culturas diferentes. Acho que isso é demais e me faz ficar orgulhosa da humanidade todos os dias."

Qualquer mineiro ressabiado e de inteligência mediana já estaria se perguntando sobre a causa que subjaz a tamanha transformação. É aí que vem a parte, digamos, irônica da mudança: tudo não passou de uma questão de saúde. Isso mesmo! "Lynx foi diagnosticada com câncer quando estava no ensino médio. Ela tinha um tumor no ombro. Durante o tratamento, Lynx sofreu ainda de uma síndrome que a fazia vomitar". Quanto a sua irmã, Lamb, ela "também tinha problemas de saúde, sofria de dores nas costas, ligadas a estresse emocional".

E qual a solução o governiano californiano deu a ambas? Simples: "autorização para usar maconha com fins medicinais". Em pleno tratamento de câncer, Lynx desabafa: "Tenho que dizer que a maconha mudou minha vida. Estaria morta se não tivesse usado".

Agora, as meninas têm uma longa caminhada e uma nova missão pela frente. É Lynx quem relata: "Acho que nós temos que fazer mais - nós somos curandeiras. Nós só queremos externar o maior amor e positividade que pudermos".

Bem, o que realmente me estranha não é a mudança em si - isto é, a suplantação do ódio pela mensagem de amor universal. O que me choca realmente é o anacronismo delas: são pelos menos 50 anos de atraso desde que os hippies ocuparam as ruas, as estradas, o campo.

Em homenagem à nova fase da vida das moçoilas e a toda a maravilhosa discografia ainda para ser descoberta, deixo aqui a canção de um filme que teria mudado a vida delas (ah, se elas tivessem visto isso antes!):

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